AstraZeneca/Oxford e Sputnik V começam testes de uso combinado de vacinas
Cem voluntários vão receber doses dos dois imunizantes contra a Covid-19 para avaliar se resposta imunológica é adequada
atualizado
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A combinação de duas vacinas contra a Covid-19 — a Sputnik V, da Rússia, e a produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford — será testada em fevereiro, de acordo com informações dadas pelo presidente da farmacêutica russa R-Pharm, Alexei Repik, à Reuters.
Nas primeiras duas fases do estudo, os pesquisadores analisarão como cerca de 100 participantes reagirão à vacinação combinada. Primeiro, os voluntários serão imunizados com uma dose da vacina AstraZeneca/Oxford. A segunda injeção, com o imunizante Sputnik V, será aplicada 29 dias depois.
Os pesquisadores pretendem avaliar como será a criação de anticorpos nos voluntários da pesquisa, bem como se o uso combinado das duas vacinas será seguro. As duas farmacêuticas que desenvolvem os imunizantes assinaram um acordo para testar a combinação dos medicamentos em dezembro de 2020.
Segundo o representante da R-Pharm, os ensaios clínicos acontecerão no Azerbaijão, na Argentina, Arábia Saudita, nos Emirados Árabes Unidos, na Rússia e em outros lugares.
No último domingo (17/1), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial do imunizante Oxford/AstraZeneca, que será produzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A vacina Coronavac, que será fabricada no país pelo Instituto Butantan, também recebeu sinal verde para uso emergencial.