Associação de obstetras se declara contrária à cesariana MAC. Entenda
A Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) se posicionou em relação ao procedimento que permite participação da mãe
atualizado
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A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) publicou um parecer nesta quinta-feira (10/8) criticando a cesariana assistida pela mãe (MAC, em inglês). O procedimento tem se popularizado entre as gestantes ao permitir que a mulher, durante o parto cesário, retire o filho do próprio útero e o coloque em seu colo.
Apesar dos cuidados de quem realiza o procedimento e dos supostos benefícios em humanizar o parto e fazer com que a mãe se sinta mais parte do processo, a Febrasgo aponta que a MAC pode trazer prejuízos de diversas naturezas.
“É um procedimento sem evidências significativas de segurança. Não encontra amparo em protocolos, recomendações ou estudos bem desenhados”, afirma a Febrasgo, em nota.
De acordo com a instituição, a adoção deste tipo de procedimento pode aumentar a chance de infecções e lesões em outros órgãos, além de levar a um maior consumo de material e aumento do custo do procedimento. “No caso de desfechos indesejados, o obstetra não estará protegido pelo Código de Ética Médica”, alerta a entidade.
“A Febrasgo recomenda que a prática denominada cesariana assistida pela mãe não seja realizada fora de estudos clínicos aprovados”, arremata a nota.
Mãe mantém desejo de realizar a cesariana MAC
Algumas mães, porém, já têm cesarianas marcadas e planejam continuar realizando a MAC. É o caso de Déborah Loures, 29 anos, moradora de Goiânia. O parto dela deve acontecer na segunda semana de setembro e a esteticista pretende fazer o procedimento, caso seja autorizada pela médica.
“Quando tive meu primeiro filho, já queria fazer a MAC. Não foi possível porque ele não estava bem encaixado, mas tenho certeza que isso vai trazer muitos benefícios psicológicos e emocionais para mim”, opina.
Para Déborah, a cesariana tradicional é muito engessada e não permite à mãe ser parte do procedimento. Ela está gestando Otávio e é mãe de Olavo, de 2 anos, que nasceu também em uma cesariana, mas sem MAC. “Acredito que vai ser uma experiência de parto incrível”, afirma.
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