Exercícios para o assoalho pélvico beneficiam homens, mostra pesquisa
O escape de urina costuma aparecer a partir dos 30 anos. Pesquisadores defendem fortalecimento do assoalho pélvico para evitar o problema
atualizado
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O fortalecimento do assoalho pélvico pode resolver problemas de escape urinário em homens, mostrou um estudo clínico realizado na Alemanha. Os resultados da pesquisa foram apresentados, nesta segunda-feira (8/4), no Congresso da Associação Europeia de Urologia, que ocorre me Paris, na França.
Pesquisadores do Hospital Universitário de Freiburg recrutaram 237 homens com mais de 18 anos que sofriam de incontinência urinária. Os participantes foram convidados a registrar seus hábitos de micção e também preencheram questionários sobre a gravidade dos sintomas e como isso impactava a vida deles.
Parte do grupo recebeu um aplicativo que ensinava exercícios de fortalecimento para o assoalho pélvico e direcionava os usuários para mudanças de hábitos com técnicas de terapia comportamental. A outra parte utilizou o tratamento medicamentoso convencional. Nos homens, a região conhecida como assoalho pélvico está na base da pélvis e é limitada pelo osso púbico e na parte detrás pelo coxis.
Exercícios para fortalecimento
Os exercícios para assoalho pélvico podem ser realizados de três maneiras – deitados, sentados ou de pé – e consistem em séries de repetições que buscam a contração da musculatura pélvica. Após 12 semanas, a pesquisa realizada na Alemanha encontrou uma melhora significativa nos sintomas e na qualidade de vida dos participantes que adotaram a jornada de exercícios em comparação com os relatos dos voluntários que ficaram no grupo controle.
Os sintomas de incontinência urinária costumam aparecer a partir dos 30 anos e afetam uma grande proporção de homens maiores de 50. Embora as diretrizes clínicas recomendem fisioterapia, terapia comportamental e mudanças no estilo de vida como o tratamento de primeira linha, elas são frequentemente negligenciadas pelos médicos devido à falta de evidências disponíveis.
Os medicamentos à venda, por sua vez, possuem vários efeitos colaterais e a cirurgia só é recomendada para os que sofrem com sintomas graves. “Os limitados medicamentos que temos disponíveis não são adequados para estes pacientes devido aos seus efeitos colaterais. Para aqueles com sintomas urinários leves a moderados, a terapia digital, que não tem efeitos colaterais, melhora os sintomas em uma magnitude nunca vista antes”, afirmou o professor Christian Gratzke, do Hospital Universitário de Freiburg, que liderou a pesquisa.
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