Assento vazio pode diminuir pela metade contágio de Covid-19 em aviões
De acordo com uma pesquisa do MIT, se a cadeira do meio não for ocupada, a chance do passageiro na janela ser contaminado é de 1 em 14 mil
atualizado
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Um dos meios de transporte mais preocupantes quando se fala de contágio durante a pandemia de coronavírus, os aviões podem se tornar mais seguros se menos pessoas estiverem à bordo. De acordo com um estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, apenas manter os assentos do meio vazios pode diminuir a chance de a pessoa na janela pegar a doença em 50%.
O professor Arnold Barnett, que é estatístico, analisou o risco estimado de contágio em viagens de duas horas em aviões Airbus 320 e Boing 737, dois dos modelos mais usados no mundo. Segundo ele, o risco de ser contaminado pelo coronavírus sentado na janela de um avião lotado era de uma em 7 mil. Se os assentos do meio estiverem vazios, a chance cai para uma em 14 mil.
“A questão é se eliminar um terço da capacidade do avião é um preço muito alto para aumentar a precaução”, diz Barnett. Segundo o professor, se fosse instalada uma camada de plástico entre os assentos, o risco de transmissão cairia para praticamente zero.
A pesquisa é inicial e ainda não foi revisada pela comunidade científica. Porém, até o responsável pela pesquisa enxerga problemas no modelo. Ele afirma que só foi considerada a possibilidade de as pessoas serem infectadas por outras sentadas na mesma fileira — o momento de entrar e sair do avião também não entrou no estudo, assim como eventuais idas ao banheiro.
“É um modelo plausível”, diz ele. “Cálculos como esse são projeções aproximadas, mas com frequência erram o ponto”, afirma.