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Aspartame prejudica memória mesmo em baixa quantidade, diz estudo

Adoçante que causou polêmica ao ser incluído entre alimentos cancerígenos da OMS em julho pode ser prejudicial também para o cérebro

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Foto de mulher que abre saco de adoçante aspartame diante de um copo descartável de bebida - Metrópoles
1 de 1 Foto de mulher que abre saco de adoçante aspartame diante de um copo descartável de bebida - Metrópoles - Foto: Getty Images

O aspartame pode ser prejudicial para a memória, mesmo se for consumido em uma quantidade pequena, de acordo com um novo estudo realizado por cientistas da Universidade Estadual da Flórida, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, a saúde do cérebro de ratos foi prejudicada pelo uso constante do adoçante artificial.

O estudo foi publicado na revista científica Nature Scientifc Reports no final de agosto e indica que os problemas de memória e aprendizado decorrentes do uso da substância foram observados mesmo nos descendentes dos camundongos machos. Ou seja, os pais que consumiram o adoçante transmitiram as debilidades cognitivas para seus filhos.

Para os pesquisadores, embora os danos ao cérebro não tenham sido severos, o fato de eles perdurarem por gerações deve ser levado em conta para regular o uso do aspartame em humanos.

“Os animais ainda conseguiram completar os desafios que demos, mas demoraram mais e tiveram que buscar outras soluções lógicas, como se o cérebro estivesse se esforçando para compensar”, afirma a biomédica Deirdre McCarthy, coautora do estudo, em entrevista ao site da universidade.

Os animais consumiram apenas 15% da recomendação máxima diária de aspartame (o que equivaleria a quatro latas de refrigerante para um humano). Os ratos enfrentaram déficits de aprendizado e memória após 16 semanas seguidas de consumo diário.

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A entidade afirma que o aspartame se enquadra na classificação 2B, de possíveis cancerígenos
O grupo 2B inclui substâncias com evidências consideradas limitadas e não conclusivas sobre a relação com o câncer
A quantidade diária considerada aceitável de aspartame é de 40 mg por quilo de peso corporal
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A Organização Mundial de Saúde decidiu inserir o adoçante artificial adoçante aspartame na lista de substâncias cancerígenas

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A entidade afirma que o aspartame se enquadra na classificação 2B, de possíveis cancerígenos

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O grupo 2B inclui substâncias com evidências consideradas limitadas e não conclusivas sobre a relação com o câncer

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A quantidade diária considerada aceitável de aspartame é de 40 mg por quilo de peso corporal

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Aspartame é possível cancerígeno

O aspartame causou polêmica em julho, quando foi incluído na lista de alimentos potencialmente cancerígenos da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), que é ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ele foi classificado como “possivelmente cancerígeno”, o que significa que não existem evidências científicas suficientes sobre sua relação com a doença. Embora tenha sido apontado na lista, a quantidade de aspartame que poderia trazer problemas é superior a 40 mg por quilo do consumidor por dia — o que equivale a cerca de 30 latas de refrigerante diet.

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