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Estudo brasileiro traz avanço inédito no tratamento de câncer de pênis

Pesquisa apresentada nesta segunda no congresso americano de oncologia mostra benefício da imunoterapia no câncer de pênis

atualizado

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Foto colorida de um homem sentado na cadeira em frente a um médico com as mãos no pênis, escondendo ereção - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de um homem sentado na cadeira em frente a um médico com as mãos no pênis, escondendo ereção - Metrópoles - Foto: Business/Getty Images

Uma pesquisa brasileira inédita foi apresentada na tarde desta segunda (3/6) na ASCO, o congresso de oncologia mais importante do mundo. Os cientistas estudaram a eficácia da imunoterapia associada à quimioterapia tradicional como primeira linha no tratamento de câncer de pênis avançado.

O Brasil é considerado um dos países com maior incidência de câncer de pênis do mundo — a doença representa 2% de todos os tipos da condição diagnosticados no Brasil.

Foram acompanhados 33 pacientes com a doença. Todos fizeram imunoterapia e quimioterapia por seis sessões e, depois, o tratamento seguiu com imunoterapia por mais 34 aplicações. Entre os participantes, 75% tiveram algum grau de redução do volume tumoral e 39,4% apresentaram diminuição significativa do câncer.

Os pesquisadores também identificaram dois marcadores que podem prever uma melhor resposta ao tratamento. Os pacientes com P16 positivo e TMB alto tiveram uma taxa de resposta de 55,6% e 75%, respectivamente.

“Os resultados não são apenas uma vitória para a ciência brasileira, mas também uma prova de que a pesquisa clínica pode e deve olhar para as populações mais vulneráveis. O sucesso deste estudo demonstra que investir em inovação para todos gera resultados significativos, beneficiando não apenas os pacientes envolvidos diretamente, mas também a comunidade global, já que vamos mudar o tratamento desta doença em todo mundo”, explica o oncologista Fernando Maluf, que conduziu o estudo.

Importância do estudo clínico

A pesquisa foi feita em parceria com o Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG), um grupo sem fins lucrativos criado em 2009 para desenvolver o estudo do câncer na América Latina e melhorar os resultados dos tratamentos do câncer na região. Atualmente, médicos de 16 países e 11 especialidades participam da equipe.

É crucial entender que os ensaios clínicos são os alicerces do desenvolvimento de futuros medicamentos e terapias. Para o HERCULES – LACOG 0218, abrimos centros de pesquisa em hospitais do norte ao sul do Brasil. Hoje o LACOG tem ampla capacidade de capilaridade no Brasil e na América Latina, realizando estudos com diferentes complexidades”, explica o diretor executivo do LACOG, Gustavo Werutsky.

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