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Artrose no quadril: quando situação como a de Lula precisa de cirurgia

O presidente Lula faz tratamentos para aliviar as dores decorrentes de uma artrose no quadril, que afeta parte superior do fêmur

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
O presidente Lula recebeu 5 centrais sindicais
1 de 1 O presidente Lula recebeu 5 centrais sindicais - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passa por tratamentos não invasivos para aliviar dores provocadas pela artrose de quadril. De acordo com o jornal O Globo, o chefe do Executivo está ciente da necessidade de passar por uma cirurgia para corrigir um problema no fêmur e comenta com pessoas próximas que planeja realizá-la no próximo mês ou em julho.

A artrose no quadril ou osteoartrite é caracterizada pelo desgaste da articulação do fêmur e da bacia. Essa articulação sofre com o desgaste das cartilagens que revestem as duas estruturas ósseas, provocando dor e limitando a vida dos pacientes.

“Quando se parte essa capa de cartilagem, a articulação fica sobrecarregada e começa a sofrer um desgaste. Isso causa dor e gera um processo de inflamação no local”, explica o reumatologista Murillo Dório, da Imuno Brasil.

Tratamento

Para aliviar os desconfortos, os pacientes podem ter indicação de usar analgésicos e anti-inflamatórios, infiltração de medicamentos como corticoides para reduzir a inflamação dentro da articulação e fazer sessões de fisioterapia, contribuindo com o fortalecimento da musculatura e melhora da amplitude dos movimentos. Pessoas com sobrepeso ou obesidade devem fazer dieta para perda de peso e alívio da tensão sobre as articulações.

Quando o tratamento convencional não é mais suficiente e o paciente continua com dores constantes para andar ou em repouso, pode ser indicado uma cirurgia de colocação de prótese de quadril, na qual a articulação é trocada por uma estrutura metálica. “Em geral, isso alivia a dor e melhora a funcionalidade do paciente no dia a dia”, afirma o médico.

Recuperação

A recuperação da cirurgia é rápida. De acordo com o ortopedista Breno Frota, o paciente deve permanecer internado por alguns dias e tem liberdade de movimento do quadril e joelho já no pós-operatório imediato. Ele pode ser colocado para andar sob supervisão ou auxílio de andador no segundo dia em diante, a depender da resposta à cirurgia.

Entre 30 a 45 dias, após a fase de cicatrização dos tecidos internos, a pessoa tem liberação para fazer fisioterapia com o objetivo de aumentar a amplitude de movimentos e voltar a ter uma vida normal. “O paciente fica livre da artrose a partir do momento que substitui da articulação porque o desgaste da cartilagem é eliminado”, explica Frota.

Fatores de risco

O envelhecimento é o principal fator de risco para a doença, mais comum depois dos 45 anos.

Ela também pode ser desencadeada pelo excesso de peso e sobrecarga nas articulações; exercícios físicos em excesso e sem orientações, especialmente os que envolvem movimento rotacional do quadril; histórico familiar; doenças reumatológicas, incluindo artrite reumatoide, espondilite anquilosante e lúpus; e acidentes com traumatismos.

Sintomas

A dor persistente é o principal e mais incômodo sintoma da artrose. Ela pode começar de forma leve e esporádica e evoluir ao ponto de afetar a qualidade de vida do paciente. O sintoma ocorre geralmente na região da virilha e pode irradiar para a coxa e parte do joelho.

Nos estágios iniciais, a dor é mais comum quando o paciente se movimenta: anda, pisa, agacha, levanta, entra ou sai de um carro, por exemplo. Quando a artrose avança, a dor pode se tornar contínua, mesmo em repouso, e o indivíduo pode perder a funcionalidade por causa da dificuldade para locomoção. “Quando a doença chega a um estágio muito avançado, a perna pode ficar com algum tipo de deformidade, girada para fora e dificultar a caminhada”, explica o reumatologista Murillo Dório.

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