Aprenda dicas de como escolher peixe de qualidade para a Semana Santa
Especialistas em nutrição ensinam a identificar a qualidade dos alimentos pelo aspecto das escamas, olhos, guelras e cheiro
atualizado
Compartilhar notícia
A Semana Santa é um dos feriados católicos mais importantes. É de costume que as famílias preparem refeições em casa, à base de peixe, entre a Sexta-Feira da Paixão e o domingo de Páscoa.
Na hora de escolher o pescado, seja ele fresco ou congelado, é fundamental prestar atenção em algumas característicos que indicam a qualidade do alimento.
A supervisora de nutrição do Hospital Santa Lúcia, Cynara Oliveira, sugere que as pessoas deem preferência pelo consumo de peixes com escamas e barbatanas, como arenque, salmão, pintado, bacalhau, atum, badejo, pescada, tilápia, merluza e sardinha. As escamas funcionam como uma barreira natural à absorção de toxinas.
O peixe é um alimento muito perecível, por isso, alguns sinais servem como guia para saber se ele está próprio para consumo, afirma o nutrólogo Allan Ferreira, especialista em terapia nutricional do Hospital Anchieta de Brasília.
Aprenda a reconhecer um peixe de qualidade:
Peixe Fresco
– A pele deve estar brilhante, úmida e inteira, sem manchas, furos e cortes;
– As guelras devem ter uma cor viva, avermelhada e não devem apresentar nenhum muco;
– As escamas precisam estar firmes, resistentes e brilhantes;
– Os olhos devem estar salientes e brilhando. Caso estejam fundos, cinza ou esbranquiçados é mau sinal;
– Ao apertar a barriga do peixe, seu dedo pode até fazer uma marca, mas ela deve sumir em pouco tempo;
– O peixe também deve apresentar cheiro característico de peixe: cheiro fresco e agradável. Não pode apresentar odores estranhos (de maresia ou amônia, por exemplo).
– Os peixes frescos devem estar cobertos de gelo ou em mostradores resfriados, em torno de 1ºC a 2ºC.
Peixe congelado
– Deve ter a cor característica da espécie e ter uma uma camada de gelo fina e homogênea ao redor dele;
– As extremidades não podem estar secas ou amareladas, pois estes são indicadores de desidratação;
– O local onde o peixe está exposto para venda deve ter um termômetro que indique a temperatura onde deve manter-se constante a, pelo menos, 18 graus negativos.
“O ideal é que você procure comprar o peixe fresco, que não tenha sido congelado e descongelado porque ele muito do sabor e da qualidade nesse processo”, pondera Ferreira.
Outra dica importante é fazer a compra em um local de confiança, um estabelecimento limpo, que conte com estrutura própria para armazenamento e disposição dos pescados, e com funcionários com uniformes limpos. “Isso é um ótimo indício de confiar no local. Além disso, eles devem ser acompanhados pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)”, destaca a nutricionista.
Além da Semana Santa
O consumo regular de peixe oferece diversos benefícios à saúde, contribuindo com a prevenção de doenças cardiovasculares e a melhora da memória.
A nutricionista do Hospital Santa Lúcia recomenda que o alimento seja incluído à dieta pelo menos duas vezes por semana. “Os peixes são ricos em gorduras boas, proteínas, vitaminas, e têm propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias”
Peixes denominados como gordos como o atum, o salmão, a sardinha, a dourada, cavala, tambaqui, pirarucu também são ricos em ômega 3, um potente anti-inflamatório que reduz o risco de aterosclerose e de complicações cardíacas como o infarto.
Pessoas com problema de hipertensão arterial devem escolher, preferencialmente, peixes de água doce ou consumir o peixe salgado com moderação pois os pescados provenientes do mar têm maior quantidade de sódio e de iodo, que é importante para o bom funcionamento da glândula tireoide.