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Aprenda a evitar 6 gatilhos que agravam a ansiedade no fim do ano

Carga de ansiedade tende a se agravar durante o final de ano. Conheça fatores que podem desencadear sintomas e saiba como evitá-los

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1 de 1 Imagem colorida de mulher com aparência de ansiosa - Metrópoles - Foto: Uday Mittal/Unsplash

A carga de ansiedade e preocupação tende a se agravar durante o período do final de ano. Angústia, alterações de humor, insônia ou sono em excesso, dores musculares constantes e fadiga são alguns dos sintomas frequentes desta época.

Pesquisa do Internacional Stress Management Association – Brasil (Isma-BR) aponta que o nível de estresse do brasileiro sobe, em média, 75% em dezembro. Isso acontece porque é um período em que as pessoas se submetem a mais avaliações e balanços sobre o ano que passou.

Com a pandemia de Covid-19, esse cenário tende a piorar. “Fatores como saúde, luto, problemas socioeconômicos, emocionais, entre diversos outros advindos da pandemia, acentuam a ansiedade já natural da época. O ideal é identificar o que pode provocar ou aumentar essa ansiedade, mitigando as reações negativas”, explica a psicóloga Mônica Machado, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

Especialistas indicam seis fatores que podem desencadear sintomas de ansiedade durante o final de ano. Aprenda a reconhecê-los e a escapar deles:

Álcool

O álcool pode ser um grande vilão para os ansiosos. A droga psicoativa altera a percepção das pessoas ao bloquear a transmissão de mensagens dos receptores nervosos para o cérebro.

“O consumo regular reduz os níveis de serotonina no cérebro, um dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar”, explica o psiquiatra Rafael Maksud, especialista em saúde pública. Mesmo que as bebidas estejam presentes nas celebrações de fim de ano, o ideal é evitá-las. Ou, ao menos, não exagerar”, aconselha.

Dieta inadequada

É comum que as pessoas recorram aos doces quando estão passando por um momento de ansiedade. Isso ocorre porque esse tipo de alimento provoca uma diminuição nos sintomas.

Porém, o ideal é que o indivíduo busque formas mais saudáveis de lidar com a ansiedade. Flávia Teixeira, psicóloga e professora de pós-graduação em psicologia hospitalar na Universidade Federal do Rio de Janeiro, sugere que frutas cítricas podem ser uma boa opção para substituir o doce. Os alimentos são ricos em vitamina C, que atua na redução do cortisol.

A banana também é uma alternativa, pois contém grande quantidade de triptofano, aminoácido essencial na liberação de serotonina.

Para quem não resiste a um doce, a melhor opção é o chocolate amargo, que leva em sua composição flavonoides, que também favorecem a produção de serotonina. “Nos níveis ideais, a serotonina aumenta a sensação de leveza e de bem-estar, melhora o humor e diminui os efeitos negativos da ansiedade sobre a mente e o corpo”, conta Flávia.

Estímulos sensoriais

Algumas luzes, cheiros e sons graves ou altos podem afetar negativamente as reações do corpo e gerar estresse e irritabilidade.

“Os órgãos dos sentidos são fundamentais para a percepção da realidade, pois são eles os responsáveis por captar as sensações provocadas pelo meio externo e enviá-las ao sistema nervoso central, que registra e processa a informação recebida”, explica o psiquiatra Rafael Maksud.

Nesse sentido, ouvir música clássica pode ajudar a reduzir a ansiedade, pois estimula a atividade cerebral que envolve as sensações de prazer e recompensa. Além disso, é uma aliada para baixar a pressão arterial, combater a insônia e atenuar a tensão.

Privação de sono

Dormir mal ou pouco pode causar sonolência excessiva diurna, mau humor, fadiga, falta de atenção, dificuldade para retenção de informações novas, queda de produtividade, entre outros.

Os especialistas recomendam uma rotina de sono regrada. Se possível, sempre no mesmo horário. Também é importante evitar barulho e qualquer tipo de iluminação no quarto.

Falta de perspectiva

Traçar objetivos e alinhar valores dentro do que se acredita é importante para atingir metas e trazer melhorias para a vida. Para quem tem dificuldades em construir perspectivas para o futuro, este é um momento importante.

Para a psicóloga Mônica Machado, o primeiro passo é estabelecer prioridades e definir aquilo que realmente importa. “Não me refiro apenas a coisas materiais, mas aos valores que você pretende seguir e que poderão refletir positivamente ou negativamente em sua vida, dependendo das suas escolhas.”

Medo de mudanças

Para algumas pessoas, mudanças podem ser encaradas como algo ruim, pois obrigam o indivíduo a sair da zona de conforto. Mas é importante deixar o medo para trás e aproveitar a oportunidade para inovar.

“Vale lembrar que, muitas vezes, é preciso ‘abandonar’ a vida que havíamos planejado, pois já não somos mais as mesmas pessoas. Somos seres em eterna mutação, seja internamente ou pela necessidade de seguir a evolução do mundo. Portanto, se você havia feito vários planos, mas depois perdeu a identificação com eles, siga sua intuição e mude a rota”, sugere Mônica Machado.

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