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Recomeços: “Após 4 anos tentando, em 2023 tive filho sem fazer FiV”

Em sua última tentativa de ser mãe antes de recorrer à fertilização in-vitro, Adriana Yoshimine teve seu filho aos 38 anos

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Montagem/Acervo Pessoal
Montagem de fotos em fundo colorido mostra a passagem de tempo de uma mulher gestante até receber seu filho durante processos de fertilização - Metróp-oles FiV
1 de 1 Montagem de fotos em fundo colorido mostra a passagem de tempo de uma mulher gestante até receber seu filho durante processos de fertilização - Metróp-oles FiV - Foto: Montagem/Acervo Pessoal

Desde 2019, a nutricionista e acupunturista brasiliense Adriana Yoshimine, 38 anos, estava dedicada ao projeto de ter um filho. Acostumada a participar de tratamentos que estimulassem a fertilidade de suas pacientes, ela seguia seus próprios preceitos, se planejava, mas não conseguia realizar o sonho de gestar.

Em junho de 2023, porém, ela finalmente teve o pequeno Matheus após uma longa jornada que ameaçou a vida de ambos.

Em 2022, Adriana estava prestes a desistir dos métodos naturais de gestação e buscar a fertilização in-vitro (FiV), alternativa com maior chances de sucesso. “Meus médicos recomendaram a FiV, mas eu não queria. O processo é de alto custo financeiro e emocional, então não me atraía tanto. Queria entender o que dificultava a gestação e conseguir superar isso da forma mais natural possível, mas aquela era minha última tentativa”, conta.

A nutricionista tem endometriose, endometrite e seu sistema imune atacava os espermatozoides com mais intensidade que o esperado — combinadas, as condições dificultavam a gestação natural. Ainda assim, Adriana não desistiu de tentar métodos alternativos.

“Tive que trabalhar a parte emocional fortemente. Sempre fui muito controladora, programei muito a vida para que tudo se encaixasse certinho e tinha a falsa impressão de que, com determinação, conseguiria qualquer coisa. O processo de espera é desgastante e conforme vão passando as tentativas, o estresse também prejudica, mas aprendi que precisamos ser menos ansiosos e aprender a aguardar o que a vida nos reserva”, lembra.

O método que finalmente deu resultados a Adriana e a seu marido foi o coito programado. Ela precisou tentar quatro vezes, ao lado de tratamentos alternativos da medicina tradicional chinesa (MTC), até que os exames apontaram que finalmente estava grávida.

O que é o coito programado?

O método do coito programado usa hormônios para estimular a ovulação e o crescimento de folículos do útero, aumentando as chances de fecundação.

“É uma técnica com complexidade menor que a fertilização in-vitro, mas que acompanha o ciclo menstrual comum da mulher com uso de gonadotrofinas, que estimulam a produção e o amadurecimento das células reprodutivas para induzir a ovulação”, explica a endocrinologista Andréia Carvalho, especialista em fertilidade do Instituto Pariens.

O método é feito com acompanhamento de endocrinologistas e ginecologistas para avaliar os riscos do impacto da estimulação dos ovários. “A maior quantidade de hormônios pode desrregular o organismo e é preciso acompanhar o crescimento dos folículos para orientar o casal. O coito programado não é uma opção para todos, é preciso fazer essa escolha com planejamento”, esclarece.

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Matheus nasceu prematuro e precisou ficar 16 dias na UTI
Adriana diz que ter um filho foi como viver um milagre total
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Adriana ficou grávida após quase perder as esperanças nos métodos naturais

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Matheus nasceu prematuro e precisou ficar 16 dias na UTI

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Adriana diz que ter um filho foi como viver um milagre total

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Gestação com pré-eclâmpsia

Após conseguir finalmente engravidar, a nutricionista ganhou novas preocupações. A maior delas era manter a gestação enquanto convivia com uma trombofilia, que aumenta as chances de trombose e pode ameaçar a vida tanto da mãe quanto do bebê.

Por causa da condição, Adriana ainda teve pré-eclâmpsia, que a obrigou a passar pelo parto seis semanas antes do previsto. O quadro aumenta muito a pressão arterial das gestantes e pode causar o desprendimento da placenta, parto precoce e até a morte do bebê.

“Matheus chegou e ficou 16 dias na incubadora por sua prematuridade, mas trabalhei muito essa questão mental, emocional, de abrir mão do controle e de me sentir presente naquele momento. Eu poderia ter morrido, meu filho também estava fraco, mas eu estava muito tranquila. Sempre tive certeza de que daria tudo certo”, afirma.

Adriana afirma que realizar o sonho de ser mãe em 2023 representou uma grande mudança em sua vida. “Esse ano foi bem importante pela gestação e nascimento do meu filho. Foi a realização de um sonho tão grande que não parecia real. Olho para ele e o vejo como um milagre total. Para mim, 2023 foi um ano de amor infinito”, resume a nutricionista.

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