Após 21 dias da 1ª dose, vacina de Oxford tem eficácia de 70%
Nova análise de dados mostrou ainda que, quando a segunda dose é aplicada três meses depois da primeira, eficácia sobe para 80%
atualizado
Compartilhar notícia
Uma atualização nos dados da vacina contra Covid-19 produzida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford mostrou que a eficácia do imunizante pode chegar a 70%, caso a segunda dose seja aplicada 21 dias após a primeira. Quando a segunda dose é aplicada após três meses, o percentual sobe para 80%.
A informação foi dada Munir Pirmohamed, presidente da Comissão do Grupo de Trabalho de Especialistas em Medicamentos Humanos para vacinas da Covid-19, nesta quarta-feira (30), em uma entrevista coletiva na qual a agência reguladora do Reino Unido (MHRA) apresentou a decisão de liberar o uso emergencial do imunizante no país.
Informações anteriores indicavam que a eficácia do medicamento variava entre 62% e 90%, a depender da dosagem aplicada. Nas fases iniciais dos testes clínicos em humanos, pacientes que foram imunizados com doses menores da vacina apresentaram taxas maiores de proteção. A questão ainda não foi esclarecida pelos desenvolvedores.
No Brasil, a vacina será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O imunizante é a principal aposto do governo para a vacinação da população brasileira contra a Covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, o governo espera receber 15 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford em janeiro. Outras 15,2 milhões de doses estariam previstas para chegar em fevereiro. A expectativa é que a vacinação brasileira contra Covid-19 comece entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aguarda pedido de liberação para uso emergencial da Fiocruz para autorizar a aplicação da vacina no país. Por enquanto, o posicionamento da fundação, até a tarde desta quarta (30/12), é o de seguir com o processo de registro definitivo por meio da “submissão contínua” de documentos.
Vacinas e plano de imunização
Atualmente, quatro vacinas estão na fase 3 de testagem em humanos no Brasil. São elas:
- AstraZeneca + Universidade de Oxford: 70% de eficácia, com uma variação de 62% a 90%, de acordo com a dose aplicada.
- Coronavac: ainda sem a taxa de eficácia divulgada oficialmente.
- Pfizer + BioNTech: 95% de eficácia e mais de 94% eficaz em idosos acima de 65 anos, segundo dados preliminares da fase 3.
- Janssen (Johnson e Johnson): ainda sem taxa de eficácia divulgada.