Anvisa divulga recomendações sobre uso de repelentes e inseticidas
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou nota informativa com indicações sobre o uso de repelentes e inseticidas
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota informativa, na sexta-feira (9/2), orientando a população sobre os produtos que funcionam para afastar o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue. O Brasil já registrou mais de 408 mil casos prováveis da doença e 62 mortes apenas neste ano, segundo dados do Ministério da Saúde atualizados na sexta-feira (9/2).
No texto, a agência reguladora alerta que não existem produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito. O órgão regulador destaca que os repelentes de uso tópico (para aplicação na pele) são enquadrados na categoria “Cosméticos” e, antes de comprar, o consumidor deve checar se eles estão registrados na Anvisa.
“Todos os ativos repelentes de insetos que já tiveram aprovação para uso em produtos cosméticos podem ser usados em crianças, mas é importante seguir as orientações descritas na rotulagem do produto, pois cada ativo tem suas particularidades e restrições de uso”, aponta o texto.
A agência destaca que crianças menores de 2 anos não devem usar repelentes que contenham o ingrediente DEET. Já em crianças de 2 a 12 anos de idade, o uso de repelentes com DEET é permitido, mas a concentração não deve ser superior a 10%, e as aplicações diárias não devem passar de três.
Inseticidas e repelentes para uso em ambiente
Os inseticidas são indicados para matar os mosquitos adultos. Os repelentes, por sua vez, apenas afastam os mosquitos do ambiente. Ambos devem ter a substância ativa e os componentes complementares (solubilizantes e conservantes) aprovados pela Anvisa.
Os repelentes em aparelhos elétricos ou espirais não devem ser utilizados em locais com pouca ventilação nem na presença de pessoas asmáticas ou com alergias respiratórias. Podem ser colocados em qualquer ambiente da casa, desde que estejam, no mínimo, a dois metros de distância das pessoas.
Os inseticidas chamados “naturais”, à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia. Ou seja, as velas, os odorizantes de ambientes e incensos que indicam propriedades repelentes de insetos não estão aprovados pela Agência.
O óleo de neem, que possui a substância azadiractina, é aprovado pela Anvisa para uso em inseticidas, mas o produto deve estar registrado.
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