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Anvisa estuda exigir receita para a compra de Ozempic

Mudança nas exigências de venda são apoiadas por entidades médicas preocupadas com uso estético de medicamentos como Ozempic e Wegovy

atualizado

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Caneta de injeção de Ozempic - Metrópoles
1 de 1 Caneta de injeção de Ozempic - Metrópoles - Foto: Getty Images

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda incluir os medicamentos análogos ao GLP-1, como Ozempic e Wegovy, na mesma categoria dos antibióticos em relação às regras de comercialização. Caso a proposta seja aprovada, a retenção da receita médica nas farmácias passará a ser obrigatória.

Os medicamentos dessa categoria são classificados hoje como tarja vermelha, ou seja, precisam de uma prescrição assinada por um profissional da saúde habilitado para serem adquiridos, mas não há retenção da receita nas farmácias. Entidades médicas apontam que a prática facilita o acesso indiscriminado aos medicamentos, inclusive para fins estéticos.

Diante dessa realidade, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e entidades médicas estão defendendo a necessidade de maior controle na prescrição de análogos de GLP-1.

A Anvisa estuda manter os remédios como Ozempic e Wegovy como tarja vermelha, mas com a retenção de uma cópia da receita na farmácia. A proposta da Anvisa deve ser avaliada no início do próximo ano.

Os medicamentos análogos de GLP-1 (semaglutida e liraglutida), como o Ozempic e o Wegovy, são usados no tratamento da diabetes tipo 2 e da obesidade. Eles se popularizaram nos últimos anos devido ao efeito rápido e expressivo na perda de peso.

Entidades médicas publicaram uma carta aberta, na terça-feira (17/12), em apoio à posição da Anvisa. A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) se dizem preocupadas com o aumento da procura por agonistas de GLP-1, sem receita médica.

“As sociedades SBEM, SBD e a Abeso vêm observando um aumento na procura por agonistas de GLP-1 para fins estéticos, sem acompanhamento médico adequado. Este uso indiscriminado, impulsionado pela popularização desse grupo de medicamentos, gera preocupações quanto à saúde da população e ao acesso daqueles que realmente necessitam do tratamento”, apontam as entidades, no documento.

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