1 de 1 Foto mostra glicosímetro sendo utilizado por mulher de pele negra
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pede que pessoas com diabetes denunciem modelos de glicosímetros com erros de precisão. O objetivo é iniciar uma fiscalização sobre as diferentes marcas para retirar do mercado as que não sejam confiáveis.
A decisão da agência reguladora veio após mobilização de associações que representam pessoas com diabetes. Sucessivamente, os grupos vinham se queixando da falta de controle de qualidade sobre os glicosímetros distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou à venda no mercado brasileiro.
Os glicosímetros são aparelhos que orientam a aplicação de insulina em pessoas com diabetes tipo 1. A precisão deles é essencial para que os pacientes consigam manter o açúcar no sangue dentro dos parâmetros desejáveis.
A agência reguladora é responsável pelo controle de eficácia e segurança de dispositivos médicos, categoria na qual estão incluídos os glicosímetros. A Anvisa, no entanto, vinha se atendo a verificar apenas a documentação das empresas fornecedoras.
Em resposta a queixas anteriores de pessoas com diabetes, a agência chegou a avaliar cinco modelos de glicosímetros e, nesta análise preliminar, apenas um apresentou resultados insatisfatórios.
Pessoas com diabetes tipo 1 não produzem naturalmente a insulina, hormônio que ajuda a processar o açúcar no sangue. Quando a diabetes não está controlada, os riscos de infarto, necrose, insuficiência renal e morte aumentam para o paciente.
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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada
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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros
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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento
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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença
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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco
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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções
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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)
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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle
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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão
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“A diferença de valores que encontramos entre os glicosímetros é brutal: uma mesma gota de sangue marca quase 200 em um aparelho e em outro fica em 70. Na prática, o paciente não sabe em qual confiar”, afirma Vanessa Pirolo, da Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade. A coalizão junta várias associações para reivindicar políticas públicas para as pessoas com diabetes.
O nível ideal de insulina no corpo deve ficar entre 100 e 140 mg/dl. Para as pessoas com diabetes, a única forma de saber quanto de insulina injetar para alcançar este nível é usando o glicosímetro.
Desafio da comparação
No Brasil. existem ao menos 72 marcas de glicosímetros à venda. Uma dificuldade para atestar a qualidade dos aparelhos e criar um padrão mínimo obrigatório é a sensibilidade da medição.
Os resultados podem mudar de acordo com o momento em que a amostra de sangue é retirada, de acordo com a manutenção do aparelho ou em razão da procedência de fitas e reagentes.
“Esperamos da agência uma definição sobre isso, pois é fundamental termos glicosímetros seguros. Precisamos confiar nesses aparelhos que são indispensáveis para a nossa vida”, aponta Pirolo.
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