Anvisa faz alerta sobre casos de Guillain-Barré pós vacinação da Covid
Agência recebeu 34 relatos até o momento, mas reforça que situação não é comum, tem cura e imunização deve continuar
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu alerta nesta quarta-feira (28/7) sobre casos raros de síndrome de Guillain-Barré pós-vacinação contra a Covid-19. O Brasil teve 34 notificações até o momento — 27 depois do imunizante da AstraZeneca, três pós-Janssen e quatro após a Coronavac.
A condição é um distúrbio neurológico autoimune raro, onde o organismo ataca e danifica as células nervosas. A relação entre a síndrome e a vacinação é conhecida, e já foi constatada após a administração de imunizantes contra a gripe. A maioria dos pacientes se recupera completamente do distúrbio, que é perigoso quando acomete os músculos respiratórios e não é tratado a tempo.
Os principais sintomas são dormência ou queimação nas extremidades dos membros inferiores, que progride para as mãos e braços. Em cerca da metade dos casos há também a chamada dor neuropática na região lombar ou nas pernas. Outro sintoma comum é a fraqueza progressiva, que sobe dos membros inferiores até o pescoço e cabeça.
O órgão alerta que pessoas vacinadas que tiverem os sintomas, ou ainda visão dupla, dificuldade de mover os olhos, dificuldade de engolir, falar ou mastigar, problemas de coordenação, dificuldade para caminhar e problemas com o controle da bexiga e função intestinal devem procurar ajuda médica imediatamente.
A Anvisa ressalta ainda que a vacinação deve continuar acontecendo, uma vez que os benefícios superam os riscos e os casos de Guillain-Barré são raros. A agência determinou que as empresas responsáveis pelas vacinas coloquem informações sobre a doença na bula.
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