Anvisa dá registro definitivo para vacina da Pfizer contra Covid-19
A segurança, qualidade e eficácia do imunizante foram confirmadas pela equipe técnica da agência após 17 dias de análise
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta terça-feira (23/2) que concedeu à vacina contra Covid-19 produzida pela Pfizer/Biontech registro definitivo, que é o primeiro desta modalidade aceito no Brasil – os anteriores foram outorgados em caráter de uso emergencial.
“Informo com grande satisfação que, após um período de análise de 17 dias, a Gerência Geral de Medicamentos, da Segunda Diretoria, concedeu o primeiro registro de vacina contra a Covid-19, para uso amplo, nas Américas”, escreveu o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, em nota.
De acordo com a autarquia, o imunizante teve a segurança, qualidade e eficácia aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da agência.
“Esperamos que outras vacinas estejam, em breve, sendo avaliadas e aprovadas. Este é o nosso compromisso”, completou Barra Torres.
Compra para o Brasil
A autorização da Anvisa diminui o caminho para que o imunizante da Pfizer chegue ao Brasil, mas não é decisiva.
O governo federal ainda negocia com a farmacêutica o contrato para a compra das vacinas, questionando as cláusulas impostas pela Pfizer para a venda, entre elas, a exigência da isenção de responsabilidade sobre efeitos colaterais que possam surgir.
Em dezembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou a exigência ao dizer que quem tomasse a dose poderia virar jacaré.
“Lá na Pfizer, tá bem claro lá no contrato: ‘nós não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral’. Se você virar um chi… virar um jacaré, é problema de você, pô. Não vou falar outro bicho, porque vão pensar que eu vou falar besteira aqui, né? Se você virar super-homem, se nascer barba em alguma mulher aí ou algum homem começar a falar fino, eles não têm nada a ver com isso. Ou, o que é pior, mexer no sistema imunológico das pessoas”, disse o chefe do executivo.
Em 11 de fevereiro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a dizer em sessão plenária no Senado Federal que a empresa impõe “condições leoninas” para compra da vacina.