Antiviral da Pfizer tem 89% de eficácia e funciona contra Ômicron
Testes recentes confirmam que a pílula age também contra variantes de preocupação do novo coronavírus, como a Ômicron e Delta
atualizado
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A Pfizer informou, nesta terça-feira (14/12), que a pílula experimental contra Covid-19 oferece uma “eficácia robusta” na prevenção de hospitalizações e mortes em pacientes de alto risco para a infecção do novo coronavírus.
O antiviral é indicado para uso imediato após os primeiros sintomas da doença a fim de bloquear a replicação do vírus Sars-CoV-2 e impedir que os pacientes evoluam para quadros graves. O Paxlovid faz parte da classe de medicamentos chamados inibidores da protease, usados no tratamento de infecções virais como HIV, hepatite C.
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Segundo dados finais do estudo clínico da empresa norte-americana, com 2.246 voluntários, o medicamento demonstrou 89% de eficácia quando usado nos primeiros três dias do início dos sintomas e 88% dentro de cinco dias após os primeiros sintomas da doença em comparação com o grupo que usou placebo. Os dados confirmam os resultados obtidos nas análises anteriores.
Em um segundo ensaio clínico, com 600 adultos de risco padrão, o tratamento reduziu as hospitalizações em cerca de 70%. “É um resultado impressionante”, disse o diretor científico da Pfizer, Mikael Dolsten, em entrevista.
“Estamos falando sobre um número impressionante de vidas salvas e hospitalizações evitadas. E, claro, se você implantar isso rapidamente após a infecção, provavelmente reduziremos a transmissão drasticamente”, completou Dolsten.
Proteção contra Ômicron
Testes laboratoriais recentes confirmaram também que o antiviral contém a atividade da Ômicron e outras variantes de preocupação, como a Delta.
A empresa espera conseguir, em breve, a autorização para o uso do medicamento pelas principais agências regulatórias do mundo, incluindo a Food and Drug Administration, dos EUA.
“Variantes emergentes de preocupação, como a Ômicron, exacerbaram a necessidade de opções de tratamento acessíveis para aqueles que contraem o vírus, e estamos confiantes de que, se autorizado ou aprovado, este potencial tratamento pode ser uma ferramenta crítica para ajudar a conter a pandemia”, afirmou Albert Bourla, presidente do conselho e diretor executivo da Pfizer, em comunicado.