Anticorpos são encontrados no leite materno de vacinadas com Coronavac
A proteção contra o novo coronavírus foi encontrada no leite por até quatro meses após vacinação em 50% das lactantes
atualizado
Compartilhar notícia
Um estudo feito no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICr-HCFMUSP) mostra que o leite materno de mulheres vacinadas com a Coronavac contém altos níveis de anticorpos contra o novo coronavírus.
Pesquisadores do Instituto da Criança e do Adolescente do HC avaliaram amostras de leite de 20 voluntárias, com idade média de 35 anos. Todas as lactantes são funcionárias da instituição e foram imunizadas entre janeiro e fevereiro deste ano.
Ao todo, foram coletadas nove amostras do leite materno. A primeira, para critério de comparação, foi recolhida antes da vacinação. As seguintes, no 7º, 14º, 21º e 28º dias após a primeira dose da Coronavac; no 7º, 14º e 21º dias depois da segunda dose e a última após 4 meses da vacinação.
Das 20 voluntárias, 16 não tinham anticorpos antes da vacinação. Após a imunização, foram encontrados altos níveis da imunoglobulina IgA específica para o coronavírus em todas as 16 mulheres.
Os cientistas observaram o pico de anticorpos principalmente na quinta e sexta semana, quando as mulheres já haviam tomado também a segunda dose. Em 50% dos casos, esses anticorpos permaneceram no leite durante quatro meses.
A pesquisa ainda não concluiu se os bebês foram protegidos contra a infecção do novo coronavírus.
Saiba como as vacinas contra Covid-19 atuam: