Anticorpos contra a Covid-19 duram mais tempo em mulheres, diz estudo
Pesquisa realizada na França mostrou que proteção desenvolvida após a infecção é prolongada em mulheres
atualizado
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Desde o início da pandemia de Covid-19, a ocorrência de quadros graves da doença principalmente em homens tem chamado a atenção dos pesquisadores. Ainda não há explicação confirmada sobre porque eles sofrem mais com a infecção, mas cientistas do Instituto Pasteur, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica e dos hospitais de Estrasburgo, na França, descobriram que as mulheres ficam, inclusive, imunizadas por mais tempo.
Publicado na revista científica Journal of Infectious Diseases, a estudo relata que o nível de anticorpos em mulheres diminui mais vagarosamente do que nos homens. Participaram do levantamento cerce de 400 cuidadores e funcionários administrativos dos hospitais de Estrasburgo que tiveram formas leves da Covid-19 — a cada três meses, eles passaram por testes sorológicos para determinar a quantidade de anticorpos contra a doença.
Os cientistas descobriram que os homens criam uma quantidade maior de anticorpos quando infectados mas, depois de seis meses, apenas 8% deles continuam com os mesmos níveis de proteção. Entre as mulheres, em contrapartida, a porcentagem é de 38%.
As duas explicações levantadas pelos responsáveis são que os hormônios sexuais femininos estimulam a resposta imune, e os cromossomos X estão envolvidos na maneira como o corpo se defende de ataques. Como as mulheres possuem o cromossomo duplicado, lidariam melhor com a infecção.
O estudo continua sendo realizado para analisar os níveis de nove meses a um ano após a infecção.
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