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Como diferenciar a ansiedade normal da patológica? Psiquiatra explica

A ansiedade é um sentimento presente em situações desafiadoras. Mas, caso se torne recorrente, pode prejudicar a qualidade de vida

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Tudo sob controle: 6 dicas para diminuir a ansiedade Transtorno que pode prejudicar física e mentalmente quem o possui, a ansiedade pode ser controlada com mudanças de hábito
1 de 1 Tudo sob controle: 6 dicas para diminuir a ansiedade Transtorno que pode prejudicar física e mentalmente quem o possui, a ansiedade pode ser controlada com mudanças de hábito - Foto: Getty Images

Uma brincadeira comum no Brasil é dizer que tudo pode ser adiado para depois do Carnaval. E, realmente, muitas pessoas procrastinam compromissos e decisões no início do ano. O problema é que o comportamento gera ansiedade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% da população brasileira sofre de ansiedade, deixando o país em 1º lugar no ranking dos mais ansiosos. “Estamos falando de um transtorno mental, ou seja, de uma doença, que afeta grande parte da população e diminui consideravelmente a qualidade de vida das pessoas”, comenta Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG – Residência Terapêutica.

O transtorno mental pode ser grave se não for acompanhado e tratado. No entanto, existe um outro lado da ansiedade, em que ela é considerada “transitória”, e não uma doença. “Todo mundo passa por situações em que desencadeiam uma ansiedade, é normal, por exemplo, a pessoa não conseguir dormir antes de uma prova importante”, comenta o especialista.

Afinal, até que ponto a ansiedade é normal?

A “ansiedade normal”, ou melhor, ansiedade não patológica, faz parte da vida de qualquer pessoa, causando sintomas, segundo o Lipman, como dilatação da pupila, aumento de frequência cardíaca e respiratória e até mesmo insônia.

“Os sintomas são os mesmos da ansiedade patológica, o que muda é a intensidade e a frequência. Nosso corpo tem um limite e se os sintomas negativos começam a se apresentar corriqueiramente, é necessário procurar ajuda”, explica.

Ou seja, quando essas alterações passam a fazer parte da vida da pessoa com muita frequência, de forma intensa e duradoura, atrapalhando sua qualidade de vida, ela pode significar um transtorno mental.

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Mas como saber quando buscar ajuda? A qualidade da saúde mental é determinada pela forma como lidamos com os sentimentos
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Estresse: se a irritação é recorrente e nos leva a ter reações aumentadas frente a pequenos acontecimentos, o sinal vermelho deve ser acionado. Caso o estresse seja acompanhado de problemas para dormir, é hora de buscar ajuda

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Além de fatores genéticos, a longevidade pode estar associada à quantidade de vezes que a pessoa ficou doente

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Lapsos de memória: se a pessoa começa a perceber que a memória está falhando no dia a dia com coisas muito simples é provável que esteja passando por um episódio de esgotamento mental

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Alteração no apetite: na alimentação, a pessoa que come muito mais do que deve usa a comida como válvula de escape para aliviar a ansiedade. Já outras, perdem completamente o apetite

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Autoestima baixa: outro sinal de alerta é a sensação de incapacidade, impotência e fragilidade. Nesse caso, é comum a pessoa se sentir menos importante e achar que ninguém se importa com ela

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Desleixo com a higiene: uma das características da depressão é a perda da vontade de cuidar de si mesmo. A pessoa costuma estar com a higiene corporal comprometida e perde a vaidade

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Sentimento contínuo de tristeza: ao contrário da tristeza, a depressão é um fenômeno interno, que não precisa de um acontecimento. A pessoa fica apática e não sente vontade de fazer nada

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Para receber diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, é muito importante consultar um psiquiatra ou psicólogo. Assim que você perceber que não se sente tão bem como antes, procure um profissional para ajudá-lo a encontrar as causas para o seu desconforto

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Causas e sintomas

São diversas as causas da ansiedade, podendo ocorrer por problemas familiares, desequilíbrios cerebrais, traumas, entre outros. Os sintomas também variam e podem ser tanto físicos quanto psíquicos.

“Esses pacientes podem ter tensão muscular, taquicardia ou palpitações, dor no peito, transpiração em excesso, dor de cabeça, tontura, além de sensação de desrealização, quando o ambiente parece todo diferente, ou sensação de despersonalização, quando a pessoa parece não se reconhecer mais”, resume o médico psiquiatra.

Ele alerta que é fundamental ficar sempre atento a esses indícios e, caso necessário, procurar ajuda especializada o quanto antes.

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