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Em 5 anos, número de pacientes com ansiedade aumentou 200% no SUS

Psicóloga explica que o número, apesar de mostrar piora da saúde mental, mostra autocuidado da população em relação à ansiedade, por exemplo

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Durante a pandemia de Covid-19, um dos principais assuntos —  além das vacinas e dos sintomas causados pelo coronavírus — foi a saúde mental. As restrições de circulação adotadas para evitar a propagação do vírus trouxeram à tona a importância de prestar atenção no que acontece dentro da cabeça.

Mesmo com a volta da população à “vida normal”, o assunto continua relevante. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de pessoas com ansiedade generalizada aumentou mais de 200% na rede pública desde o ano anterior à pandemia. Em 2019, 71.293 pessoas procuraram atendimento com o quadro ansioso e, em 2023, o número saltou para 274.682.

Os casos de depressão aumentaram 34% no mesmo período. Já o transtorno de pânico teve alta de 93%, de acordo com o órgão.

Segundo a psicóloga Carmela Silvana da Silveira, da Santa Casa de São José dos Campos, o aumento de casos tem duas explicações: por um lado, a população está de fato com mais problemas emocionais, mas os números também mostram que as pessoas estão procurando ajuda.

Ela aponta que as restrições da pandemia, a falta de convívio social, o medo despertado pela doença, preocupações financeiras e o luto pela morte de pessoas queridas prejudicaram a saúde mental dos brasileiros nos últimos anos.

Segundo ela, todos os problemas merecem atenção. Os transtornos podem evoluir não só para desequilíbrio mental profundo, mas também para impactos físicos. O transtorno de pânico, por exemplo, pode ter sudorese e taquicardia como consequência.

“A resistência ao atendimento psicológico tem diminuído. Aquela coisa de dizer que é apenas frescura já não é tão forte. Claro que ainda há muito para desmistificar, mas o autocuidado tem falado mais alto. Basta ver os números”, afirma Carmela.

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Mas como saber quando buscar ajuda? A qualidade da saúde mental é determinada pela forma como lidamos com os sentimentos
Pessoas mentalmente saudáveis são capazes de lidar de forma equilibrada com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. Porém, alguns sinais podem indicar quando a saúde mental não está boa
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Reconhecer as dificuldades e buscar ajuda especializada são as melhores maneiras de lidar com momentos nos quais a carga de estresse está alta

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Mas como saber quando buscar ajuda? A qualidade da saúde mental é determinada pela forma como lidamos com os sentimentos

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Pessoas mentalmente saudáveis são capazes de lidar de forma equilibrada com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. Porém, alguns sinais podem indicar quando a saúde mental não está boa

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Insônia, depressão e estresse elevam risco de arritmia cardíaca pós-menopausa

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Estresse: se a irritação é recorrente e nos leva a ter reações aumentadas frente a pequenos acontecimentos, o sinal vermelho deve ser acionado. Caso o estresse seja acompanhado de problemas para dormir, é hora de buscar ajuda

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Além de fatores genéticos, a longevidade pode estar associada à quantidade de vezes que a pessoa ficou doente

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Lapsos de memória: se a pessoa começa a perceber que a memória está falhando no dia a dia com coisas muito simples é provável que esteja passando por um episódio de esgotamento mental

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Alteração no apetite: na alimentação, a pessoa que come muito mais do que deve usa a comida como válvula de escape para aliviar a ansiedade. Já outras, perdem completamente o apetite

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Autoestima baixa: outro sinal de alerta é a sensação de incapacidade, impotência e fragilidade. Nesse caso, é comum a pessoa se sentir menos importante e achar que ninguém se importa com ela

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Desleixo com a higiene: uma das características da depressão é a perda da vontade de cuidar de si mesmo. A pessoa costuma estar com a higiene corporal comprometida e perde a vaidade

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Sentimento contínuo de tristeza: ao contrário da tristeza, a depressão é um fenômeno interno, que não precisa de um acontecimento. A pessoa fica apática e não sente vontade de fazer nada

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Para receber diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, é muito importante consultar um psiquiatra ou psicólogo. Assim que você perceber que não se sente tão bem como antes, procure um profissional para ajudá-lo a encontrar as causas para o seu desconforto

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Saiba os sintomas dos principais transtornos mentais

Depressão

A depressão, explica a psicóloga, é uma condição psiquiátrica que impacta as emoções das pessoas, levando a uma profunda tristeza, falta de apetite, desânimo e pessimismo. Sem tratamento, esses sentimentos podem se combinar e evoluir para um atentado contra a própria vida.

Ansiedade generalizada

“A ansiedade generalizada, por outro lado, é marcada por uma preocupação excessiva em diversas áreas da vida. Quem sofre desse distúrbio vive constantemente ansioso, com sintomas como taquicardia e mãos trêmulas. É crucial buscar ajuda diante deste cenário”, enfatiza Carmela.

Transtorno do pânico

No transtorno do pânico, ocorrem crises de ansiedade intensas, muitas vezes acompanhadas por um medo intenso, inclusive da morte. Essas crises podem se manifestar com sintomas físicos como taquicardia e sudorese. É importante observar os sinais e buscar apoio quando necessário.

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