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Ansiedade após os 50 anos pode ser sinal precoce de Parkinson

Pesquisa mostra que a doença costuma se manifestar muito antes dos sintomas motores clássicos, como lentidão e tremores

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1 de 1 Homem sentado com mão na cabeça - Metrópoles - Foto: Getty Images

Pessoas diagnosticadas com ansiedade depois dos 50 anos têm o dobro de risco de desenvolver Parkinson no futuro, revela um novo estudo publicado no British Journal of General Practice e conduzido por pesquisadores da University College em Londres, na Inglaterra.

Os autores queriam testar a associação entre o surgimento da ansiedade em adultos mais velhos e o risco de Parkinson, já que essa doença pode manifestar sinais bem antes do início dos sintomas motores mais conhecidos, como lentidão ou tremores de repouso.

“Ansiedade e demais transtornos ansiosos, desde fobia social até pânico, podem ser uma manifestação pré-motora do Parkinson, assim como outras manifestações do guarda-chuva neuropsiquiátrico, como distúrbios do sono e de humor”, diz o neurologista André Felício, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Quando essas manifestações ocorrem, principalmente num período mais tardio da vida, chamam a atenção porque podem abranger problemas neurodegenerativos.”

O estudo também revelou que, se esses transtornos aparecem associados a fatores como constipação intestinal, redução do apetite e tendência à pressão arterial baixa, o risco é ainda maior, especialmente em homens.

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais

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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes

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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos

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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição

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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais

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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem

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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil

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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas

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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência

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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência

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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo

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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência

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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas

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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização

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Os pesquisadores chegaram à conclusão após avaliar registros médicos de mais de 900 mil pessoas entre os anos de 2008 e 2018 no Reino Unido. Desses, cerca de 109 mil tiveram diagnóstico de ansiedade no período. Eles foram comparados a um grupo controle de quase 1 milhão de pessoas. Entre os que desenvolveram ansiedade, o risco de ter Parkinson foi duas vezes maior. A relação se manteve mesmo após ajustar fatores como idade e estilo de vida.

Segundo os autores, a ansiedade não é tão bem estudada como outros sinais precoces do Parkinson, a exemplo da depressão, mas ela pode ajudar a identificar pacientes na chamada fase prodrômica da doença – o período em que há sintomas inespecíficos que antecedem o diagnóstico. Isso pode ser útil tanto na detecção precoce quanto no manejo.

A doença de Parkinson é neurodegenerativa e progressiva, causada pela queda na produção de dopamina, neurotransmissor envolvido no controle dos movimentos. Embora não haja cura, ela pode ser controlada com medicamentos. Alguns pacientes podem se beneficiar da estimulação cerebral profunda, que usa uma espécie de marca-passo implantado cirurgicamente e um estímulo elétrico, modulando estruturas responsáveis pelos sintomas. (Fonte: Agência Einstein)

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