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Remédio à base de cogumelos pode tratar anorexia, sugere estudo

Pesquisa da Universidade da Califórnia mostrou que a pílula feita a partir de cogumelos alucinógenos dá injeção de bom-humor no cérebro

atualizado

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Foto mostra pequenos cogumelos de cor marrom aflorando em meio a musgos verdes - Metrópoles
1 de 1 Foto mostra pequenos cogumelos de cor marrom aflorando em meio a musgos verdes - Metrópoles - Foto: Reprodução

Uma nova pesquisa mostra que um remédio feito à base de cogumelos alucinógenos pode funcionar para tratar a anorexia nervosa em mulheres. No distúrbio de imagem, a pessoa cria uma obsessão pela magreza que pode desencadear desnutrição e até a morte. Apesar da gravidade, ainda não existe medicamento direcionado para o tratamento da condição.

A aposta é um remédio experimental à base de psilocibina, extraída dos cogumelos do gênero Psilocybe. Os fungos têm potência alucinógena que parece ser efetiva para diminuir a ansiedade característica da anorexia ao aumentar os níveis de serotonina e dopamina, neurotransmissores associados ao prazer e ao humor.

Os efeitos positivos do tratamento foram publicados na revista Nature na segunda-feira (24/7). Os pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, reuniram dez mulheres selecionadas em um universo de 158 voluntárias. As dez tinham o diagnóstico de anorexia nervosa e todas receberam uma dose única de 25 mg de psilocibina.

Os resultados dos testes indicaram que as preocupações com o peso caíram significativamente já no primeiro dia após a ingestão da substância. A diminuição da angústia em relação ao peso corporal se manteve nos três meses seguintes ao uso da psilocibina.

Ilustração mostra mulher com cor de pele rosa e cabelo roxo e muitas linhas marcadas no corpo
Cerca de 70 milhões de pessoas no mundo têm anorexia nervosa

Anorexia diminui, mas o peso não sobe

Cinco das pacientes chegaram a engordar depois de usarem o remédio experimental, mas o ganho de peso não foi considerado suficiente. Os efeitos práticos de bem-estar precisam ser acompanhados, segundo os cientistas, por um programa de reeducação alimentar.

Não foram observados efeitos colaterais graves. Na realidade, nove participantes chegaram a pedir doses de reforço do medicamento. Ainda assim, os pesquisadores avaliam que é preciso testar outras doses, frequências de uso e outros públicos para determinar a eficácia da substância.

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