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Ano de novidades! Relembre os 9 principais avanços da medicina em 2022

Cientistas fizeram avanços importantes no tratamento do câncer, HIV, Alzheimer, vício em drogas e para a reabilitação da fala e movimento

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Foto colorida de mulher na ciência
1 de 1 Foto colorida de mulher na ciência - Foto: Unsplash/Reprodução

O ano de 2022 foi marcado por importantes avanços científicos na área da saúde. Pacientes oncológicos e com doenças neurológicas se encheram de esperança com o avanço de estudos de tratamentos apontados como promissores.

O mundo acompanhou o primeiro transplante com um coração de porco geneticamente modificado para um ser humano, e o lançamento de uma nova geração de vacinas contra a Covid-19, mais eficaz na prevenção à variante Ômicron.

Reunimos as nove notícias de saúde de 2022 com maior repercussão mundial, apontadas por especialistas como o futuro da medicina. Confira!

Câncer

Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciaram em maio o início dos testes de uma vacina experimental contra os cânceres de pulmão, próstata e ovários. O estudo conta atualmente com 35 voluntários diagnosticados com a doença. Todos receberam três doses do imunizante, com intervalo de duas semanas entre cada uma delas.

A vacina foi criada para atacar a survivina, uma proteína liberada pelas células cancerígenas para enganar o sistema imunológico e evitar que o corpo as agrida. A expectativa é que a tecnologia possa ser usada em outros tipos da doença.

Melanoma

As farmacêuticas Moderna e MSD estão avançando no desenvolvimento de uma vacina contra o câncer de pele do tipo melanoma. Os resultados preliminares de testes clínicos, divulgados este mês, mostram que o imunizante é capaz de reduzir o risco de recidiva da doença em 44%.

O imunizante foi desenvolvido com a tecnologia de RNA mensageiro (RNAm), a mesma usada na vacina da Moderna contra a Covid-19. No caso da injeção contra o melanoma, a dose é personalizada para o paciente. Os cientistas coletam material genético específico do tumor, isolam as proteínas em laboratório e criam a vacina que instrui o sistema imune a destruir as células cancerígenas.

O melanoma é considerado o tipo de câncer de pele mais agressivo, devido à alta possibilidade de se espalhar para os tecidos e órgãos vizinhos.

As farmacêuticas pretendem dar início à fase final dos ensaios clínicos em breve, com testes de larga escala. Espera-se que o uso da vacina seja aprovado pelas agências reguladoras já em 2023.

Alzheimer

As pesquisas sobre o Alzheimer deram um passo importante no último ano. As empresas parceiras Eisai e Biogen anunciaram, em setembro, os resultados de um estudo de fase 3 da droga experimental lecanemab contra a doença.

O anticorpo monoclonal projetado para remover os depósitos da proteína beta-amilóide do cérebro – uma das possíveis causas da doença – foi capaz de melhorar as condições clínicas dos voluntários em 27%, reduzindo o declínio cognitivo de pacientes com a doença em estágio inicial.

O Alzheimer é a forma mais comum de demência, um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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 Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em novembro, o uso emergencial das primeiras vacinas bivalentes contra a Covid-19 no Brasil. Os imunizantes da Pfizer/BioNTech combinam o vírus original do coronavírus e sublinhagens da variante Ômicron.

A nova geração de vacinas visa oferecer maior proteção contra a doença que se espalhou por todo o mundo nos últimos três anos e continua a tirar vidas. A esperança é que o novo imunizante impeça as infecções e reduza a circulação do vírus.

As primeiras doses da Comirnaty Bivalente BA.1 e Comirnaty Bivalente BA.4/BA.5 chegaram ao Brasil neste mês.

Transplantes

O americano David Bennett foi a primeira pessoa do mundo a passar por um transplante com coração de porco geneticamente modificado. O procedimento foi feito em janeiro deste ano por médicos da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

O homem de 57 anos concordou em receber o órgão do porco como uma última alternativa após ter sido reprovado em várias listas de espera para receber um coração humano. Apesar de a cirurgia ser uma novidade que pode revolucionar o campo dos transplantes, o paciente acabou não resistindo e faleceu dois meses depois.

A técnica, conhecida como xenotransplante, é apontada como um grande avanço na medicina e esperança para pacientes que esperam na fila de doação de órgãos.

HIV

Pesquisadores do Centro Médico New York-Presbyterian Weill Cornell anunciaram, em fevereiro, a cura de uma mulher com HIV. A paciente, que também tinha câncer, passou por um procedimento com células-tronco para tentar tratar as duas doenças.

O procedimento foi possível graças a um doador de medula com uma mutação rara que o fazia ser resistente ao HIV. A técnica levantou polêmica entre a comunidade científica por ser considerada antiética em pessoas que não estão em estado terminal de câncer, uma vez que pode levar à morte do paciente.

Além da americana, outras três pessoas foram consideradas curadas do HIV ao longo do ano. Uma delas foi um homem dos Estados Unidos que vivia com o vírus há aproximadamente 30 anos. Ele passou por um transplante de medula óssea para o tratamento de leucemia e, segundo médicos, o doador também era naturalmente resistente ao HIV.

Recuperação do movimento

Este ano, três pessoas com paraplegia voltaram a andar com a ajuda de um dispositivo implantado na região da medula espinhal. O feito inédito aconteceu graças ao trabalho de pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça em Lausanne (EPFL).

O mecanismo é controlado por um software de inteligência artificial que reativa os neurônios e é acionado com um marca-passo instalado na região do abdômen. O italiano Michael Roccati, de 29 anos, foi a primeira pessoa do mundo a conseguir andar após sofrer uma lesão grave e ter a medula espinhal completamente rompida.

Comunicação

Um homem de 36 anos recuperou a capacidade de se comunicar 16 anos após sofrer um derrame. O feito foi possível graças a um implante no cérebro com tecnologia inédita.

O dispositivo, idealizado por cientistas da Universidade da Califórnia, em San Francisco, nos EUA, capta os sinais elétricos emitidos pelas cordas vocais e os traduz em palavras com a ajuda de um computador. O ritmo da tradução é de aproximadamente sete palavras por minuto.

Vício em drogas

Duas pessoas foram considerados curadas do vício severo em drogas após terem um dispositivo implantado no cérebro. O equipamento desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Neurociência Rockefeller, nos Estados Unidos, ajuda a regular a produção de dopamina, neurotransmissor que atua no sistema de recompensa e satisfação.

Ele também estimula o córtex frontal, ligado à tomada de decisões. As duas regiões são danificadas com o uso de drogas a longo prazo.

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