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Andropausa: quais são os sinais de que você entrou no climatério

Nem todos os homens passarão pela diminuição de testosterona que acontece na andropausa, e sintomas podem ser muito variados

atualizado

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Foto mostra homem idoso com blusa azul tomando reposição hormonal de testosterona para controlar sintomas da andropausa - Metrópoles
1 de 1 Foto mostra homem idoso com blusa azul tomando reposição hormonal de testosterona para controlar sintomas da andropausa - Metrópoles - Foto: Getty Images

Você já ouviu falar de andropausa? Conhecida entre médicos como deficiência androgênica do envelhecimento masculino, ela é uma alteração nos níveis de testosterona dos homens que costuma se manifestar a partir dos 50 anos com sintomas variados.

Ao contrário da menopausa, entretanto, a andropausa não acontece com todos os homens. Enquanto nas mulheres o processo é consequência do fim das ovulações e menstruações, com impacto hormonal, nos homens não há mudança no ciclo reprodutivo e o processo ocorre apenas hormonalmente, com uma diminuição dos níveis de testosterona que é progressiva e muitas vezes assintomática.

Todos os homens passam pela andropausa?

Estimativas apontam que apenas 20% dos homens sofrerão com os sinais da andropausa, que só se tornam mais comuns a partir dos 80 anos. O uso de medicamentos contínuos e a presença de doenças crônicas prévias podem facilitar a queda dos níveis de testosterona que levam ao quadro.

“Em idosos saudáveis, existe a queda de testosterona, mas muitas vezes os níveis não são baixos o suficiente para causar sintomas. A queda brusca da testosterona, a ponto de ser sintomática, está muito mais associada à obesidade, diabetes mal controlada, pressão alta e estresse do que pela idade em si”, aponta a endocrinologista Lorena Lima Amato, da regional de São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Quais são os sintomas da andropausa?

Quando ela ocorre, costumam aparecer como sintomas calores corporais semelhantes aos fogachos da menopausa, falta de disposição e, especialmente, a falta de libido.

Segundo o endocrinologista Alexandre Hohl, vice-presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina, Andrologia e Transgeneridade (DEFAT) da SBEM, são os sintomas relacionados à vida sexual os que mais fazem os homens desconfiarem da andropausa. Entretanto, há outros impactos no organismo.

“Pode aparecer a disfunção erétil, queda de desejo sexual e piora do desempenho sexual pela diminuição de testosterona. Outras queixas também podem estar relacionadas, mas elas não são exclusivas da queda de testosterona e podem se sobrepor a outras doenças. São elas: alteração do sono, diminuição da força, aumento de peso e acúmulo de gordura”, aponta o médico.

Em casos de alterações de peso, Hohl explica que há um desafio extra, já que o fato de engordar pode levar a alterações dos níveis hormonais, dificultando saber o que veio primeiro: a baixa na testosterona ou o acúmulo de gordura.

Imagem de um mão com luva cirúrgica segurando um tubo de ensaio com sangue e uma etiqueta dizendo "teste de testosterona" - Metrópoles
Tanto homens como mulheres produzem testosterona, mas nelas os níveis do hormônio são bem mais baixos

Como saber se eu já cheguei lá?

Existem exames de sangue que podem indicar os níveis de testosterona e apontar se o hormônio está em níveis abaixo dos considerados normais. Os testes podem medir tanto a dosagem de testosterona total e livre, como também proteínas e outros hormônios associados à produção e circulação do hormônio masculino no organismo (SHBG, LH e FSH).

Os exames devem ser requisitados e avaliados por um médico endocrinologista ou urologista, que podem diagnosticar não só os níveis de testosterona como a interação dela com os demais marcadores.

Se estou na andropausa, devo fazer reposição hormonal?

Um tratamento possível para a queda dos níveis de hormônios no corpo é a reposição, mas nem sempre ela será indicada. Caso seja observada uma andropausa irreversível (não causada por comorbidades), a reposição de testosterona poderá ser indicada pelos médicos.

Ao equilibrar os níveis do hormônio, é esperado que os sintomas da andropausa desapareçam, com melhora na libido e benefícios colaterais como melhoras na saúde óssea e na composição corporal (a proporção de músculo e de gordura no organismo).

Entretanto, a reposição de testosterona é indicada apenas para pessoas com níveis baixos do hormônio. Para indivíduos que o tomam sem indicação médica, há riscos como a queda do colesterol bom no organismo, deixando o sangue mais viscoso e menos nutritivo, e o aumento do risco de trombose.

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