metropoles.com

Amamentação reduz risco de malária entre crianças, mostra estudo

Crianças da Amazônia amamentadas diminuíram o risco de desenvolverem malária em 79,8% nos primeiros dois anos de vida

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
iStock/Foto ilustrativa
imagem colorida, mãe amamentando bebê
1 de 1 imagem colorida, mãe amamentando bebê - Foto: iStock/Foto ilustrativa

Um estudo brasileiro que acompanhou crianças nascidas entre 2015 e 2016 na cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre, mostra que a amamentação nos dois primeiros anos de vida de bebês da Amazônia está relacionada a um risco significativamente menor de infecção pelo Plasmodium vivax, parasita causador da malária.

A pesquisa, publicada em outubro no Pediatric Infectious Disease Journal, é a primeira a indicar o aleitamento materno como fator de proteção contra o parasita responsável por 85% dos casos de malária na região.

Os pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) fizeram testes sorológicos para medir as taxas de anticorpos de memória (IgG) para três diferentes antígenos do parasita em 435 crianças de 1 e 2 anos de idade.

As crianças nascidas de mulheres infectadas pelo P. vivax durante a gravidez tinham menor probabilidade desenvolver malária. As amamentadas por 12 meses ou mais tinham 78,9% de probabilidade de terem anticorpos contra o parasita.

Os resultados foram obtidos no âmbito do Estudo MINA – materno-infantil no Acre: coorte de nascimentos da Amazônia ocidental brasileira, realizado com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) no Vale do Juruá, região que responde por 18% dos casos de malária no país.

“Muitos casos são assintomáticos ou com sintomas leves, o que faz com que nem todos busquem auxílio médico e sejam testados”, explica a professora da FSP-USP e coordenadora do Estudo MINA, Marly Augusto Cardoso.

Amamentação

Os pesquisadores ressaltam a importância do leite materno como alimentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida do bebê e a continuação, com a inclusão de outros alimentos até, ao menos, os dois anos de idade, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O próximo passo do estudo é analisar os impactos da doença no desenvolvimento das crianças.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?