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Alzheimer: médicos propõem nova escala de classificação do diagnóstico

Método é semelhante ao usado para a classificação do câncer e visa contribuir com a indicação de tratamentos personalizados para o Alzheimer

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ilustração colorida: idoso com peças de quebra-cabeça na testa - Metrópoles
1 de 1 ilustração colorida: idoso com peças de quebra-cabeça na testa - Metrópoles - Foto: Andrew Bret Wallis/Getty Images

Um grupo de médicos especialistas em Alzheimer propôs, neste domingo (16/7), um novo modelo de classificação do diagnóstico da doença baseado em uma escala de sete pontos, levando em consideração a presença de biomarcadores anormais do quadro e alterações cognitivas.

O método é semelhante ao usado para a classificação do câncer, elimina o uso dos termos “leve”, “moderado” e “grave”, e substitui as diretrizes emitidas em 2018 para o Alzheimer.

Acredita-se que a nova escala poderia contribuir para a indicação de abordagens de tratamento cada vez mais personalizadas, contribuindo para a qualidade de vida do paciente.

O modelo foi apresentado em uma conferência da Associação de Alzheimer em Amsterdã, na Holanda. De acordo com os autores, ele é motivado pelo aumento da disponibilidade de testes que detectam a proteína beta-amilóide – relacionada à doença – no sangue dos pacientes e novos tratamentos.

O relatório patrocinado pela Associação de Alzheimer e pelo National Institute of Aging, dos Institutos Nacionais de Saúde do governo dos Estados Unidos, foi desenvolvido pelo médico Clifford Jack, da Mayo Clinic.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Escala de classificação do Alzheimer

Com a nova escala, os pacientes passariam a ser enquadrados em sete classificações, sendo o primeiro estágio referente ao início das evidências de que uma pessoa tem a doença.

O segundo nível seria aplicado aos indivíduos com biomarcadores anormais e mudanças muito sutis na cognição ou no comportamento. O grau seguinte seria equivalente ao atual estágio pré-sintomático – conhecido como comprometimento cognitivo leve.

Já os estágios 4, 5 e 6 seriam equivalentes às fases da demência atualmente classificadas como leve, moderada e grave.

O modelo tem ainda o estágio 0, destinado às pessoas que carregam o gene relacionado ao Alzheimer, mas ainda não desenvolveram a doença.

Um porta-voz da Associação de Alzheimer informou que as diretrizes preliminares estão abertas para revisão e comentários de especialistas.

Alzheimer

O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo caracterizado pela deterioração cognitiva e da memória dos pacientes. Os sintomas se desenvolvem de forma progressiva.

Em geral, os pacientes notam primeiro as falhas de memória. À medida que a doença avança, há dificuldades com as funções cognitivas, que prejudicam a realização de atividades rotineiras. Os impactos também são sentidos na linguagem e na percepção do mundo.

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