Alzheimer: medicamento consegue retardar impactos da demência em 40%
Metade dos pacientes que usaram o donanemab, que está em fase 3 de testes, não tiveram nenhum progresso da doença em um ano
atualizado
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A farmacêutica Eli Lily anunciou, nesta quarta-feira (3/5), resultados promissores da fase 3 do estudo clínico do medicamento donamemab contra o Alzheimer. Segundo a empresa, pacientes que tomaram o remédio tiveram 40% menos declínio na habilidade de cumprir tarefas do dia a dia.
O medicamento também levou a até 35% de queda no progresso clínico da doença. Além disso, em metade dos participantes, não foi observado nenhum sinal de progressão do Alzheimer em 12 meses de tratamento.
“Nós estamos extremamente felizes que o donanemab conseguiu resultados tão positivos e com estatísticas que dão esperança para pessoas que convivem com o Alzheimer”, afirma o médico Daniel Skovronsky, um dos responsáveis pelo estudo, no comunicado da farmacêutica.
Com base nestes resultados, a fabricante irá submeter um pedido ao FDA, órgão correspondente à Anvisa nos Estados Unidos, para aprovar o uso do medicamento em larga escala.
Resultados promissores
Os testes foram feitos em 1.182 pessoas que já convivem com demência provocada pelo Alzheimer. Os participantes foram divididos em dois grupos, dependendo do tempo que conviviam com a doença, e os resultados foram comparados a pacientes que tomaram placebo.
“Nosso estudo mostrou que pessoas no início da convivência com a doença parecem responder melhor ao tratamento”, completou o vice-presidente do departamento de neurociência da Eli Lily, Mark Mintun.
O retardamento de 35% do progresso da doença no ponto de vista clínico foi visto nos pacientes com diagnósticos mais recentes. Já entre os que conviviam a mais tempo com a doença, a redução foi de 29%. Os dados foram avaliados a partir de ressonâncias magnéticas e de entrevistas com os participantes do estudo.
Além de diminuir a progressão da doença e permitir que as pessoas com Alzheimer mantenham sua independência por mais tempo, o donamemab esteve associado a uma diminuição em 39% do risco de os pacientes progredirem para o estágio seguinte da doença.
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