metropoles.com

Alzheimer: estudo aponta explicação para “morte” de neurônios

Pesquisadores de instituições do Reino Unido e da Bélgica acreditam que a descoberta pode mudar a abordagem dos tratamentos para Alzheimer

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Carol Yepes/Getty Images
Ilustração colorida de uma cabeça com peças de quebra-cabeça
1 de 1 Ilustração colorida de uma cabeça com peças de quebra-cabeça - Foto: Carol Yepes/Getty Images

Um grupo de cientistas do Reino Unido e da Bélgica acredita ter desvendado o mecanismo que leva à morte os neurônios em pessoas com Alzheimer. A descoberta, publicada na revista Science nessa quinta-feira (15/9), pode abrir novas frentes de tratamento para a doença.

O neurônio é um dos tipos de células mais longevas do corpo humano. A morte deles é uma das possíveis hipóteses para explicar o Alzheimer, mas antes deste trabalho não se ideia de como o processo transcorria.

Os pesquisadores descobriram que o acúmulo de proteínas amilóide e tau – também relacionadas à doença – leva à produção de moléculas MEG3. Essas moléculas foram associadas a necroptose – uma espécie de “suicídio celular”, no qual existe uma autodestruição celular. Quando a MEG3 é bloqueada, esse fenômeno não ocorre e os neurônios continuam a existir.

“Pela primeira vez, temos uma pista sobre como e por que os neurônios morrem na doença de Alzheimer”, afirmou o pesquisador Bart De Strooper, do Instituto de Pesquisa de Demência do Reino Unido, em entrevista à BBC.

Strooper trabalhou com cientistas da University College London (UCL) e da Universidade KU Leuven, na Bélgica.

8 imagens
Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
1 de 8

Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

PM Images/ Getty Images
2 de 8

Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

Andrew Brookes/ Getty Images
3 de 8

Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

Westend61/ Getty Images
4 de 8

Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

urbazon/ Getty Images
5 de 8

Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

OsakaWayne Studios/ Getty Images
6 de 8

Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

Kobus Louw/ Getty Images
7 de 8

Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

Rossella De Berti/ Getty Images
8 de 8

O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images

Estudo de Alzheimer com camungongos

O estudo foi realizado a partir do transplante de células cerebrais humanas para cérebros de camundongos geneticamente modificados, programados para produzir grandes quantidades de proteínas amilóides.

Assim, os pesquisadores conseguiram observar que as proteínas amilóides se acumulam nos espaços entre os neurônios, causando a inflamação do cérebro e, consequentemente, modificando a química interna.

Junto a esse processo, surgiram os emaranhados de proteínas tau,  quedesencadearam a produção de MEG3 nas células cerebrais.

Os pesquisadores acreditam que as novas medicações devem se concentrar no bloqueio da MEG3 e sugerem novos estudos nesse sentido.

Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?