Longevidade: conheça alimento preferido dos centenários no mundo todo
Centenários das famosas zonas azuis, conhecidas pela longevidade, têm em suas dietas diárias um alimento muito comum e de fácil acesso
atualizado
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Uma das poucas certezas que a ciência tem até hoje sobre a longevidade é que a alimentação correta é essencial. Para entender melhor o que comem os centenários, o escritor Dan Buettner passou 13 anos entrevistando as população das chamadas zonas azuis, locais no mundo onde a população é conhecida por viver muito.
Buettner descobriu que pessoas de partes da Grécia, Japão, Costa Rica, Califórnia e Itália consomem um alimento em comum diariamente: leguminosas. Seja o feijão típico do brasileiro, grão de bico, lentilhas, soja, fava, amendoim ou ervilhas, os centenários apostam nessa classe de comidas.
Uma das famílias mais longevas do mundo, os Melis, da Itália, comem todos os dias uma sopa de minestrone cheia de grão de bico. Somados, os nove irmãos têm 851 anos de idade — uma média de 94 anos. “Todos os dias, eles comem a mesma sopa com pão de fermentação natural e uma taça pequena de vinho tinto”, conta o escritor, em entrevista à CNN Internacional.
Centenários internacionais
Em Nicoya, na Costa Rica, o prato mais tradicional é o Gallo Pinto, feito com feijão, cebola, pimenta, alho e cheiro verde. “Eles misturam com arroz branco do dia anterior. Isso é interessante porque conforme esfria durante a noite, o amido do arroz se torna mais resistente. Assim, o corpo o absorve mais devagar, e a glicose no sangue não sobe tão rápido”, explica o especialista.
Em Okinawa, no Japão, o prato mais tradicional entre os centenários é uma sopa de misô com bastante tofu — que é feito de soja.
As leguminosas são conhecidas por serem cheias de nutrientes, como fibras, cobre, ferro, magnésio, potássio, ácido fólico, zinco, lisina (um aminoácido essencial) e proteínas. Cada uma delas é rica em uma substância diferente mas, em geral, são muito saudáveis e contém poucas calorias.
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As fibras presentes nos alimentos também podem diminuir o colesterol no sangue e diminuir o risco de desenvolver diabetes tipo 2. De acordo com um estudo feito em 2001, comer leguminosas três vezes por semana pode diminuir o risco de doenças cardíacas em 22%.
As comidas também auxiliam no controle da obesidade — um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) publicado em fevereiro deste ano mostra que pessoas que não comem feijão diariamente têm 10% mais risco de ter excesso de peso e 20% de desenvolver obesidade.
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