metropoles.com

Alimentação intuitiva: saiba como melhorar sua relação com a comida

A alimentação intuitiva é um estilo alimentar que preza pelo auto-conhecimento, no qual a comida é exaltada por sua função de nutrir o corpo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Getty Images
Mulher jovem preparando salada em mesa de cozinha - Metrópoles
1 de 1 Mulher jovem preparando salada em mesa de cozinha - Metrópoles - Foto: Getty Images

A alimentação intuitiva é um estilo alimentar que foge à ideia de restrições como método para levar uma vida mais saudável. A  proposta é reeducar o indivíduo a comer apenas quando sentir fome e entender que alimentos o corpo precisa em cada momento.

Segundo a médica Patrícia Santiago, pós-graduada em nutrologia, a alimentação intuitiva consegue mudar a relação de seus adeptos com a comida. “Comer de forma intuitiva incentiva cada pessoa a atender às necessidades do seu corpo. A ideia é que o indivíduo desenvolva consciência sobre os alimentos que lhe fazem bem”, afirma.

A especialista afirma que uma abordagem focada apenas no peso é limitada, pois desconsidera o contexto no qual a pessoa vive. Dietas restritivas negligenciam a saúde mental, o que acaba não funcionando como estratégia de longo prazo.

“A alimentação intuitiva surge como uma alternativa para tratar episódios de compulsão alimentar, depressão e ansiedade. A pessoa começará a entender quando as questões emocionais influenciam nas escolhas alimentares e aprenderá a lidar melhor com isso. O resultado é uma autoestima melhor e uma maior valorização corporal”, destaca a nutricionista esportiva Rayane Marques, da Clínica Aesthesis, de Brasília.

10 imagens
<b>Dieta Mediterrânea –</b> Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares
<b>Dieta Flexitariana –</b> Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
<b>Dieta MIND –</b> Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações
<b> Dieta TLC –</b> Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso
<b> Dieta Nórdica –</b> Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares
1 de 10

Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso

iStock
2 de 10

Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares

3 de 10

Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal

Dose Juice/Unsplash
4 de 10

Dieta MIND – Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações

iStock
5 de 10

Dieta TLC – Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso

6 de 10

Dieta Nórdica – Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares

David B Townsend/Unsplash
7 de 10

Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética

8 de 10

Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências

Ola Mishchenko/Unsplash
9 de 10

Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio

Rui Silvestre/Unsplash
10 de 10

Dieta Asiática – O continente é enorme, mas há traços comuns na gastronomia de toda a região. Uma ONG de Boston definiu uma pirâmide alimentar baseada nos costumes orientais: vegetais, frutas, castanhas, sementes, legumes e cereais integrais, assim como soja, peixe e frutos do mar são muito usados, enquanto laticínios, ovos e outros óleos podem ser consumidos em menor frequência. A dieta pede também pelo menos seis copos de água ou chá por dia, e saquê, vinho e cerveja podem ser degustados com moderação

Sharon Chen/Unsplash

As especialistas apontam passos necessários para aderir à alimentação intuitiva. Confira:

1. Rejeite a mentalidade restritiva

Restringir calorias e alimentos não é a única forma de perder peso. Muitas vezes, o senso comum que envolve a temática do emagrecimento está baseado em mitos e crenças que, pela repetição constante, se estabeleceram como verdades absolutas.

2. Honre a sua fome

“A fome é vista como algo negativo, mas é um sinal vital que nosso corpo emite para se reabastecer de energia. Reconhecer e saber mensurar a vontade de comer é o núcleo da alimentação intuitiva. Portanto, aprenda a lidar com a fome”, afirma Patrícia.

3. Harmonize sua relação com a comida

Existe uma dualidade: há a consideração da comida como recompensa, mas há a persistente ideia de castigo ao comer. Fazer as pazes com os alimentos é libertador, pois é uma forma de diminuir os ruídos mentais que impedem a pessoa de emagrecer.

4. Desafie os fiscais da alimentação

Existem vozes interiores que agem como uma espécie de polícia, fiscalizando os hábitos alimentares e punindo a pessoa sempre que possível. Reconhecer e aprender a desmontar padrões restritivos impostos pelas vozes interiores reduz a pressão e o estresse em torno da comida.

5. Descubra o fator satisfação

A alimentação intuitiva pode ser uma forma de reencontrar o prazer em se alimentar. Comer deve ser um prazer acessível e não um ato criminoso, como muitas vezes é retratado pela cultura alimentar. Então, livre-se do sentimento de culpa.

6. Reconheça a saciedade

Assim como é importante reconhecer a fome, é importante entender quando as necessidades nutricionais foram atendidas e quando não há necessidade em comer mais.

7. Enfrente as emoções

Algumas pessoas tendem a reprimir algumas emoções, como raiva e nervosismo, e recorrem à comida para extravasar frustrações. Buscar ajuda terapêutica para entender suas emoções é uma das formas de impedir que a compensação por meio dos alimentos ocorra.

8. Respeite o corpo

Em vez de buscar mudanças físicas baseadas em padrões estéticos, aceitar e respeitar o corpo pela sua funcionalidade é essencial para colocar a alimentação intuitiva em prática.

9. Movimente-se

O corpo humano foi feito para ser ativo, e a cultura alimentar tende a associar o exercício apenas à mudança corporal. Na alimentação intuitiva, o movimento é proposto como fonte de bem-estar, sem estar focado em um tipo específico de exercício, mas sim na satisfação pessoal.

10. Mantenha a sua saúde

A escolha dos alimentos passa por conhecer a propriedade de cada um deles. O ideal é priorizar aquilo que faz bem e proporciona energia. Trata-se de promover uma alimentação saudável e flexível.

Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?