Além da pílula: conheça outros métodos contraceptivos disponíveis
Apesar do comprimido ainda ser a escolha de mais de 60% das brasileiras, o DIU de prata e os implantes hormonais podem ser boas alternativas
atualizado
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Atualmente, há vários métodos contraceptivos disponíveis no mercado. Ainda assim, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 61,6% das mulheres brasileiras optam pela pílula como método regular para evitar uma gravidez não planejada. No entanto, com a orientação correta de um profissional de saúde, é possível conhecer outras alternativas e escolher a que melhor se encaixa em cada perfil.
Segundo Raphaela Bueno, ginecologista e obstetra do Centro de Medicina Fetal (Cemefe), é importante conversar com a paciente, entender o seu histórico e realizar exames de rotina, como, por exemplo, o preventivo.
Caso a paciente opte por tomar anticoncepcionais orais, essa escolha deve ser algo totalmente individualizada. “Cada método apresenta prós e contras, e, por isso, não há um método melhor. Existe, sim, um método mais indicado para cada mulher”, explica a especialista.
Dos métodos não orais, Raphaela destaca dois que são menos convencionais, por não serem tão difundidos, mas que têm bons resultados. Um deles é o DIU de prata, que é um dos mais recentes do mercado. É um dispositivo não hormonal e se assemelha muito ao modelo de cobre, tanto na hora de colocar como na forma de ação no organismo, mas com menos efeitos colaterais, como aumento do fluxo menstrual e cólicas.
A duração do DIU de prata é de cinco anos após a inserção, que deve ser feita no consultório. Para as pacientes que têm maior sensibilidade à dor, há opção pela introdução do dispositivo em centro cirúrgico, sob sedação anestésica. “Não é um método muito aconselhado para pacientes que apresentam cólicas fortes e sangramento menstrual intenso. É uma boa opção para as mulheres que não se adaptam bem ao uso de hormônios, e que não pretendem engravidar em breve”, esclarece a ginecologista do Cemefe.
Outro método que tem ganhado adeptas são os implantes hormonais, também aplicados em consultório com anestesia local. A quantidade do produto varia de acordo com a paciente. Existem dois tipos disponíveis: os bioabsorvíveis, que duram cerca de 6 meses – até o corpo absorvê-los – e os convencionais, que têm durabilidade de um ano. Esses precisam ser retirados após o vencimento do prazo. A gestrinona anteriormente era utilizada em tratamento de pacientes com endometriose, mas ainda é pouquíssimo conhecida como método contraceptivo.
O custo é elevado, e os efeitos colaterais incluem possível ganho de peso, inchaço, acne, aparecimento de pelos, aumento do clitóris, irritabilidade, ansiedade e queda de cabelo. É contraindicado para pacientes com cardiopatias, diabetes e com colesterol alto. “O uso da gestrinona ainda é bastante controverso entre os profissionais da saúde, pois não existem muitos estudos em relação aos efeitos da medicação a longo prazo”, alerta Raphaela.