Adolescente descobre câncer ultrarraro anos após sentir caroço na mama
Addison Rowan sentiu o caroço do tamanho de uma ervilha na mama aos 11 anos. Aos 16, o câncer se parecia com uma bola de pingue-pongue
atualizado
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Quando tinha apenas 11 anos, a estadunidense Addison Rowan, sentiu pela primeira vez um pequeno caroço no seio. Aflita, a família da menina procurou orientação médica, mas foi informada de que não deveria se preocupar.
Os médicos descartaram a possibilidade de câncer de mama, sugerindo que a jovem jogadora de vôlei da Carolina do Norte era muito nova para ter a doença, especialmente por não haver histórico familiar.
À medida em que os anos se passaram, o caroço do tamanho de uma ervilha cresceu até se parecer com uma bola de pingue-pongue. Uma bateria de exames feitos em 2021, quando Addison completou 16 anos, mostrou que a adolescente tinha sarcoma alveolar de partes moles (ASPS), um tipo de câncer ultrarraro.
“Eu simplesmente congelei. Provavelmente não falei por 20 minutos, fiquei tão chocada”, lembra Addison, hoje com 19 anos, em entrevista à revista People.
Câncer ultrarraro
O sarcoma alveolar de partes moles é um tumor maligno ultrarraro, que geralmente acomete adolescentes e adultos jovens. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), esse tipo de câncer tem o crescimento lento, com alto potencial de provocar metástase.
As causas específicas para desenvolvimento desse tumor ainda são desconhecidas. Geralmente ele se desenvolve nas extremidades das pernas dos pacientes, mas pode surgir no corpo todo.
Em estágios iniciais, o tumor tende a ser pequeno e assintomático. À medida que avança, pode provocar dor local ou outros sintomas.
Tratamento
O time em que Addison jogava vôlei organizou uma partida especial para arrecadar fundos para o tratamento dela. “Foi provavelmente o melhor jogo em toda a minha vida. Eu estava apenas tentando dar o meu melhor porque não sabia se algum dia conseguiria jogar novamente. Todo o meu time estava reunido e eles dedicaram o jogo a mim”, contou.
Três dias depois, Addison foi encaminhada para uma cirurgia para a retirada do tumor. Durante o procedimento de seis horas, os médicos descobriram que o câncer havia se espalhado pelo tecido da mama e ao redor das costelas.
A mama da adolescente foi reconstruída com com o tecido da pele das costas e uma costela precisou ser removida para evitar que a doença avançasse.
Três anos após o diagnóstico e todo o tratamento, Addison afirma que seu corpo “praticamente voltou ao normal” e que agora pode jogar vôlei novamente. A jovem universitária espera estudar oncologia ou patologia para ajudar outros pacientes com câncer.
“Aprendi que eu era mais forte do que pensava ser. Quando sentir que tudo está contra você, não deixe que isso o derrote e o defina. Você pode se esforçar e mudar seu futuro”, contou.