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Adolescente de 16 anos sofre colapso pulmonar por uso de vape

Jovem britânico teve de ser internado duas vezes no hospital por fazer uso excessivo de vape. Mãe conta que ele tossia sangue

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Vaper, cigarro eletrônico - Metrópoles
1 de 1 Vaper, cigarro eletrônico - Metrópoles - Foto: TranTien LocDo/Pixabay

O britânico Nathan Chesworth, 16 anos, sofreu um colapso pulmonar por fazer uso excessivo de cigarro eletrônico, conhecido como vape.

O jovem se preparava para prestar vestibular quando começou a apresentar tosse intensa. Após várias consultas médicas, ele recebeu antibióticos para tratar uma infecção no peito. No entanto, poucos dias após iniciar o tratamento, começou a tossir sangue.

Em entrevista ao jornal The Sun, a mãe de Nathan, Rebecca Chesworth, contou que o garoto ficou letárgico nesse período, não saía da cama e começou a perdeu peso porque não conseguia comer ou beber nada.

Na noite anterior ao retorno à escola, em janeiro deste ano, o pulmão do jovem colapsou enquanto ele subia as escadas de casa, deixando-o incapaz de respirar.

Rebecca, que trabalha como escriturária de enfermaria, levou o filho direto para a emergência de um hospital em Manchester, onde a família mora. “Trabalho em um hospital, então já vi pessoas muito mal”, contou.

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil
No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários
Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)
Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina
Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena
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Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil

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No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários

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Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)

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Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina

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Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena

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Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina

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Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões

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O neurologista Wanderley Cerqueira, do Hospital Albert Einstein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes

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O especialista alerta que as células imunológicas parecem ser desativadas à medida que os pulmões são continuamente encharcados com produtos químicos. Esse processo enfraquece as defesas do organismo contra ameaças como pneumonia ou câncer

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Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como propilenoglicol, glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causa câncer

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Uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, encontrou níveis perigosos de toxinas em produtos usados para conferir sensação mentolada em cigarros eletrônicos. Foram verificados problemas em várias marcas dessas substâncias mas, principalmente, na Puffbar, uma das mais populares do mundo

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Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido do produto. Dos 25 líquidos analisados, 24 tinham WS-3, por exemplo

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As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha

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Pneumotórax causado pelo uso de vape

Após a realização de um raio-X, os médicos diagnosticaram Nathan com pneumotórax. Na condição, o ar se acumula no espaço entre o pulmão e a parede torácica, podendo levar ao colapso do pulmão.

O garoto passou quatro dias na ala pediátrica, onde foi colocado um tubo no pulmão dele para drenar o fluido e ajudar na recuperação.

Pouco tempo depois da alta, ele sofreu o colapso do outro pulmão e precisou voltar ao hospital. Foi nesse momento que Nathan revelou à mãe que estava usando cigarro eletrônico.

“Nathan me contou e eu não conseguia acreditar. Fiquei em choque total”, declarou Rebecca. “Esses dispositivos são coloridos, e as crianças acham que é legal andar por aí com eles”, acrescentou a mãe do adolescente.

Ela revelou que, desde que o jovem foi internado, ele parou de usar vapes. A mulher espera que, ao compartilhar a história do filho, possa alertar outras pessoas sobre o quão perigosos e facilmente acessíveis os cigarros eletrônicos são.

“Nathan teve muita sorte, mas sofreu muito mentalmente. Ele estava preocupado o tempo todo e dizia que não queria voltar para a UTI”, contou. “Nessa idade todo mundo pensa que é invencível em muitas coisas, mas os adolescentes não percebem o quão perigoso esses vapes são”, declarou.

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