Os pesquisadores das universidades Sorbonne Paris Norte e Université Paris investigaram como adoçantes comuns, entre eles aspartame, acesulfame de potássio e sucralose, podem influenciar na ocorrência de doenças cardiovasculares. Para a análise, foram utilizadas informações de cerca de 100 mil voluntários de um projeto de pesquisa sobre nutrição e saúde iniciado em 2009 no país.
“Nossos achados apontam que os aditivos alimentícios, consumidos diariamente por milhões de pessoas e acrescentados a milhares de alimentos e bebidas, não devem ser considerados uma alternativa saudável e segura ao açúcar, como indicam muitas agências de saúde”, informaram.
Metodologia e conclusões
Os participantes indicaram todos os alimentos e bebidas que consumiam ao longo da semana, respondendo ainda sobre frequência e quantidade. A cada seis meses, eles respondiam novamente os questionários para atualizar os hábitos alimentares. A partir dessas informações, os cientistas calcularam a quantidade de adoçante presente nos alimentos e nas bebidas, indicando os tipos de aditivos mais utilizados.
De acordo com os resultados, 37% dos participantes consumiam o equivalente a um sachê de adoçante por dia – a quantidade é equivalente ao encontrado em 100 mL de refrigerante diet. Os aditivos mais usados eram aspartame (57,9%), acessulfame de potássio (29,2%) e sucralose (10,1%).
12 imagens
1 de 12
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas
Peter Dazeley/ Getty Images
2 de 12
Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles
bymuratdeniz/ Getty Images
3 de 12
Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros
KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
4 de 12
Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito
katleho Seisa/Getty Images
5 de 12
A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga
SolStock/ Getty Images
6 de 12
O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.
KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
7 de 12
Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.
bymuratdeniz/ Getty Images
8 de 12
A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo
manusapon kasosod/ Getty Images
9 de 12
Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada
FG Trade/ Getty Images
10 de 12
Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas
Peter Dazeley/ Getty Images
11 de 12
Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração
Peter Dazeley/ Getty Images
12 de 12
Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente
andresr/ Getty Images
Durante o período analisado, foram registrados 1.502 eventos vasculares entre os participantes do grupo. Os consumidores regulares de adoçantes apresentaram 9% mais chance de apresentarem doenças cardiovasculares e 18% mais chance de terem doenças cerebrovasculares.
Dos aditivos, o aspartame foi mais associado aos eventos cerebrovasculares, e o acessulfame de potássio e a sucralose, às doenças coronarianas. A pesquisa complementa outro trabalho publicado em março deste ano pelo mesmo grupo, o qual relacionou o consumo dos adoçantes com o aumento de risco para câncer.
Os estudiosos alertam que os resultados ampliam a compreensão sobre os efeitos dos adoçantes, mas ressaltam a necessidade de mais estudos para estabelecer relações com outros fatores como o estilo de vida dos participantes.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.