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Adenomiose ou endometriose? Saiba identificar os sintomas corretamente

Especialista destaca as principais diferenças entre as condições ginecológicas que causam alterações no útero das mulheres

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Mulher vestida de branca deitada, em cama branca, em posição fetal com as mãos na barriga e fazendo semblante de dor
1 de 1 Mulher vestida de branca deitada, em cama branca, em posição fetal com as mãos na barriga e fazendo semblante de dor - Foto: Freepik

Adenomiose e endometriose são duas condições que causam alterações no útero das mulheres. É comum que elas sejam confundidas, pois os sintomas podem ser semelhantes. Em ambas ocorre o crescimento do tecido endometrial fora de sua localização habitual no útero e podem causar sangramento menstrual intenso, cólicas severas, dor pélvica e desconforto durante o sexo.

As duas condições podem ser difíceis de diagnosticar porque os sintomas muitas vezes se assemelham a outras condições ginecológicas. Há casos ainda em que os dois problemas ocorrem juntos. No caso, o tratamento pode ser ainda mais desafiador do que já é separadamente.

O médico Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, explica que a principal diferença entre as condições é a localização do crescimento anormal do tecido que reveste o útero.

“A adenomiose é uma infiltração do endométrio, que é a camada interna do útero, no miométrio, a camada muscular do órgão. Já a endometriose ocorre quando o tecido endometrial cresce fora do útero, como nos ovários, trompas de falópio ou ainda outros locais do corpo, principalmente na região pélvica”, elucida Bellelis.

Ainda que os sintomas das duas patologias sejam parecidos, elas se manifestam de forma distinta. A adenomiose causa sangramento menstrual mais intenso e prolongado, enquanto a endometriose pode causar dor durante o sexo, movimentos intestinais dolorosos e, em alguns casos, infertilidade.

Diagnóstico diferente

A adenomiose costuma afetar mulheres com mais de 30 anos, que tiveram filhos com gestações múltiplas ou cirurgias uterinas. A endometriose, por sua vez, pode surgir em diferentes faixas etárias.

A adenomiose é diagnosticada por meio de exames de imagem, como ultrassom ou ressonância magnética, e uma biópsia do tecido uterino pode ser necessária para confirmar o diagnóstico. “Por outro lado, a endometriose pode ser diagnosticada por meio de laparoscopia – procedimento cirúrgico minimamente invasivo que permite ao médico visualizar o tecido fora do útero”, destaca Bellelis.

O uso de contraceptivos pode ser útil para controlar os sintomas de ambas as condições. Mas tratamentos mais severos como o bloqueio do fluxo sanguíneo de uma artéria uterina para adenomiose, enquanto a cirurgia pode ser recomendada para remover o tecido endometrial na endometriose.

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