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Adaptamos nossa aparência de acordo com o nome de batismo, diz estudo

Pesquisa indica que nossa aparência física é moldada de acordo com estereótipos associados ao nome que recebemos ao nascer

atualizado

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Empresária negra usando crachá com seu nome
1 de 1 Empresária negra usando crachá com seu nome - Foto: Getty Images

Um estudo identificou que humanos têm uma alta probabilidade de adivinhar o nome de uma pessoa ao ver apenas a foto dela. Para os pesquisadores da Universidade Reichman, em Israel, que realizaram a investigação, essa parece ser uma evidência de que nos adaptamos para ganhar uma aparência que nos faça mais parecidos com os nomes com os quais fomos batizados.

A pesquisa foi feita mostrando aos 120 voluntários a foto de um adulto com quatro opções de nome, o que ao acaso daria 25% de chance de acerto. Entretanto, as pessoas conseguiram acertar os nomes em 30,4% das vezes, uma diferença que foi considerada relevante pelos pesquisadores.

A mesma estratégia foi feita com crianças e, neste caso, as respostas corretas foram apenas em 28,4% dos casos. Embora ainda seja uma margem de acerto aceita pelos pesquisadores, ela parece indicar que ao longo da vida o rosto se adapta de forma progressiva para nos parecermos com o nome que nos é dado.

O estudo, publicado no dia 15 de julho na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), sugere que a formação da identidade pessoal é atravessada pelos estereótipos do nome que recebemos. Com isso, teríamos uma maior tendência a escolher penteados, maquiagem, óculos, piercings ou até mesmo expressões faciais que condizem com o que é esperado para esse nome.

Foto mostra como eram feitos os questionários da pesquisa
Foto mostra como eram feitos os questionários da pesquisa

Para o professor de marketing que chefiou a pesquisa, Yonat Zwebner, os resultados demonstram que as estruturas sociais acabam afetando a aparência física das pessoas de forma perceptível.

“Há um profundo impacto das expectativas sociais na nossa aparência facial. É um indício que a escolha do nome pode transformar o que somos de forma semelhante ao nosso gênero ou etnia”, afirma ele em material divulgado para a imprensa.

Os testes realizados pelos pesquisadores israelenses ainda levaram em conta que inteligências artificiais encontram padrões de aparência entre pessoas adultas com nomes parecidos, mas não são capazes de agrupar as crianças com o mesmo parâmetro.

Os pesquisadores agora querem saber em que idade uma pessoa começa a exibir os estereótipos associados aos seus nomes.

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