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Já acorda cansado? Você pode sofrer de distúrbio de sono sem saber

Cientistas acreditam que a hipersonia idiopática, distúrbio do sono que leva a cochilos fora de hora, é mais comum do que se pensava antes

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Homem aparentemente cansado agarrado a um travesseiro. Homem cansado bocejando - Metróples - hipersonia
1 de 1 Homem aparentemente cansado agarrado a um travesseiro. Homem cansado bocejando - Metróples - hipersonia - Foto: Freepik

Um estudo publicado na revista Neurology, nesta quarta-feira (13/12), sugere que sofrer de hipersonia idiopática pode ser mais comum do que se acreditava.

Até aqui a hipersonia idiopática vinha sendo considerada como um distúrbio de sono raro. A característica principal da condição é a sonolência excessiva ainda que a pessoa tenha passado por uma boa noite de descanso. Não é raro que indivíduos com hipersonia idiopática tirem cochilos em meio a conversas com outras pessoas ou em ocasiões sociais.

O transtorno é mais comum em homens e, além do sono diurno e da sensação de sempre estar cansado, o indivíduo também pode ter grande dificuldade para despertar ou fazê-lo em meio a um estado de torpor e de confusão mental, demorando a dar conta de si e do que precisa fazer ao sair da cama.

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Uma noite de sono mal dormida interfere diretamente no humor e no desempenho das atividades do dia seguinte. Além disso, os níveis de irritabilidade, ansiedade e estresse podem aumentar significativamente
Estudos mostram que o tempo ideal de horas de sono varia para cada pessoa, mas a média mundial é de seis a oito horas por noite. Durante o sono profundo, ocorre a liberação de hormônios importantes para a regulação do organismo
Muitas pessoas têm sono ruim e nem percebem isso. Na dúvida, que tal adotar algumas técnicas conhecidas como "higiene do sono"?
1. Crie uma rotina: procure deitar e levantar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos feriados e fins de semana
2. Durma um pouco mais cedo a cada dia: aproveite o período próximo ao fim das férias para dormir cerca de 30 minutos antes do horário que estava acostumado a ir para a cama a cada dia, até chegar no horário ideal
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Quando o assunto é qualidade do sono, é necessário implementar uma rotina saudável que garanta uma boa noite de descanso. Muitas vezes, a dificuldade para dormir ou acordar cedo, por exemplo, está relacionada aos hábitos cotidianos que devem ser corrigidos

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Uma noite de sono mal dormida interfere diretamente no humor e no desempenho das atividades do dia seguinte. Além disso, os níveis de irritabilidade, ansiedade e estresse podem aumentar significativamente

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Estudos mostram que o tempo ideal de horas de sono varia para cada pessoa, mas a média mundial é de seis a oito horas por noite. Durante o sono profundo, ocorre a liberação de hormônios importantes para a regulação do organismo

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Muitas pessoas têm sono ruim e nem percebem isso. Na dúvida, que tal adotar algumas técnicas conhecidas como "higiene do sono"?

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1. Crie uma rotina: procure deitar e levantar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos feriados e fins de semana

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2. Durma um pouco mais cedo a cada dia: aproveite o período próximo ao fim das férias para dormir cerca de 30 minutos antes do horário que estava acostumado a ir para a cama a cada dia, até chegar no horário ideal

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3. Levante-se se não conseguir dormir: saia da cama se tiver dificuldade de adormecer. Faça algo relaxante como respirar fundo, ouvir música suave ou ler um livro. Recomenda-se não ligar a televisão ou mexer no celular. Só retorne para a cama quando estiver sonolento

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4. Cama é para dormir: nunca use a cama para estudar, ler, ver TV, ficar no computador ou no celular. O corpo precisa entender que aquele é um ambiente de relaxamento

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5. Mantenha o quarto escuro: ter um quarto completamente escuro, sem luminosidade externa ou luzes de aparelhos eletrônicos facilita o sono

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6. Evite cochilos: limite cochilos diurnos a menos de uma hora de duração e até as 15h, para não prejudicar o sono da noite

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7. Evite alimentos e bebidas estimulantes entre quatro e seis horas antes de deitar. Na lista entram energético, chocolate, café, refrigerantes, chás do tipo preto, verde, mate e chimarrão

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8. Evite fazer exercícios físicos de alta intensidade nas três horas antes do horário programado para deitar. Eles podem deixar a pessoa muito alerta e atrapalhar o sono

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9. Diminua o ritmo: separe de 15 a 30 minutos antes de deitar para relaxar e diminuir o ritmo. Desligar-se de estímulos externos ajuda a sinalizar o cérebro de que é hora de dormir

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10. Evite bebidas alcoólicas e cigarro: eles também prejudicam o padrão do sono

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O autor da pesquisa, David T. Plante, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos afirmou: “Examinamos dados de um grande estudo do sono e descobrimos que esta condição é muito mais comum do que as estimativas anteriores davam conta e tão prevalente quanto algumas outras condições neurológicas e psiquiátricas comuns, como epilepsia, transtorno bipolar e esquizofrenia”.

Um estudo feito pela Universidade de Stanford e publicado nesta quarta-feira (13/12) na revista Neurology indicou que a condição pode afetar cerca de 1,5% da população. A pesquisa foi feita comparando exames de sono de 792 voluntários.

Anteriormente considerada rara, a ciência agora considera que a condição pode afetar mais de 100 milhões de pessoas no mundo.

Pouco conhecido pela ciência, este distúrbio parece ser causado por uma disfunção do sistema nervoso central. Ele mantém uma sonolência diurna excessiva, a sensação constante de sono por horas, mesmo que o corpo tenha atingido os níveis necessários de descanso.

Em geral, os pacientes com hipersonia idiopática têm dificuldade para acordar e, quando acordam, experimentam um período de inércia do sono caracterizado por sonolência, diminuição da cognição e comprometimento motor.

A hipersonia idioática é semelhante à da narcolepsia, mas menos intensa já que os atingidos por ela não adormecem repentinamente. O tratamento das duas doenças é o mesmo, feito com remédios que regulam as transações químicas do cérebro.

Qualidade de vida prejudicada

Segundo o pesquisador, o problema costuma ser subnotificado porque os exames para detectar a doença são sofisticados. O prejuízo é que muitas pessoas podem viver com a qualidade de vida prejudicada apesar a condição ter tratamento.

O ideal é que tanto o diagnóstico quanto o tratamento da hipersonia sejam conduzidos por um médico neurologista especializado em distúrbios do sono. O controle do problema geralmente é feito com medicamentos de ação estimulante, antidepressivos e mudanças no estilo de vida.

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