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Acne, câncer e alergia: vacinas terapêuticas são aposta dos laboratórios

As vacinas terapêuticas potencializam a resposta imunológica do corpo para problemas de saúde já instalados. Saiba inovações no setor

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Foro colorida de um homem de luva se preparando para aplicar uma vacina - Metrópoles
1 de 1 Foro colorida de um homem de luva se preparando para aplicar uma vacina - Metrópoles - Foto: Karl Tapales/Getty Images

As vacinas mais conhecidas são as profiláticas, feitas para estimular o corpo a produzir anticorpos contra possíveis doenças causadas por vírus e bactérias. Menos conhecidas, mas bastante promissoras, são as vacinas terapêuticas. Elas potencializam a resposta imunológica do corpo para problemas de saúde já instalados.

Durante a 26ª Jornada de Imunizações, realizada em Recife (PE), representantes das principais fabricantes de imunobiológicos do mundo apresentaram novidades na área de vacinas terapêuticas. As vacinas contra o câncer, que servem para evitar recidivas de tumores, são as estrelas do segmento e estão com o desenvolvimento mais adiantado.

A diretora médica da Moderna na América Latina, Gláucia Vespa, explicou como as vacinas terapêuticas contra o câncer agem. “Os antígenos do tumor são identificados e, em seguida, com a plataforma RNAm, são endereçados ao sistema imune do paciente, para que o crescimento do tumor seja reprimido”, afirmou.

Há ensaios clínicos de vacinas em andamento contra vários tipos de tumores, incluindo câncer de pulmão, de mama, de bexiga e de intestino. Vespa prevê que, em 2026, a vacina terapêutica da Moderna contra o melanoma, câncer de pele mais grave, esteja aprovada para o uso.

Outra novidade promissora é a vacina contra vírus Epstein-Barr, ligado à mononucleose e ao câncer. A Moderna tem um imunizante contra o Epstein-Barr sendo testado em fase 3 e a Sanofi também avança em pesquisas semelhantes.

Alzheimer, doença celíaca e acne

A Takeda, responsável pelo desenvolvimento da vacina contra a dengue, trabalha no desenvolvimento de uma vacina contra o Alzheimer. “A vacina que estamos desenvolvendo tenta dissolver as placas beta-amilóides, que são ligadas ao Alzheimer. É uma aposta para o futuro, que responde às necessidades de cuidado de uma população que está envelhecendo”, afirmou Denise Abud, diretora técnica do laboratório Takeda.

Outra aposta da farmacêutica Takeda é uma vacina contra a doença celíaca, que seria a capaz de diminuir a reação inflamatória dos pacientes ao glúten. Por enquanto, a segurança e eficácia dessa vacina está sendo testada apenas em pequenos grupos.

A Sanofi está desenvolvendo uma vacina terapêutica contra a acne. O imunizante pretende criar anticorpos capazes de neutralizar as toxinas responsáveis pelas inflamações na pele. A vacina ainda está em fase 1, mas é uma das apostas da empresa.

“Consideramos essa vacina um presente, pois sabemos o quanto esse problema afeta emocionalmente os adolescentes”, afirmou Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi no Brasil.

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A jornalista Érica Montenegro viajou a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações. A 26ª Jornada de Imunizações foi realizada em em Recife (PE), entre 18 e 21 de setembro.

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