“Pensei ter distendido um músculo, mas era câncer”, conta enfermeira
Tiffany Job tinha 37 anos quando foi diagnosticada com câncer de pulmão em estágio avançado. Ela achou que dores eram por causa da academia
atualizado
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Dores na região da costela podem ser consequência de uma série de condições. A enfermeira americana Tiffany Job, de 39 anos, pensava que o incômodo estava associado à uma distensão muscular — porém, o desconforto era sintoma de um câncer de pulmão em estágio avançado.
Embora uma das principais causas da doença seja o tabagismo, Tiffany foi diagnosticada em 2020 com o tumor no estágio quatro sem nunca ter fumado. “Associei as dores nas costelas a algum exercício feito errado na academia. Quando recebi o diagnóstico, entrei em negação”, afirma a enfermeira em depoimento ao site The Patient Story.
As dores, porém, evoluíram para falta de ar e tosse persistente. Tiffany sequer conseguia andar alguns metros sem que sua frequência cardíaca disparasse e ela ficasse exausta.
Em setembro daquele ano, ainda sem suspeitar do câncer, o médico dela solicitou exames de função pulmonar para testar a capacidade do órgão. “Lembro de terem dito que a capacidade pulmonar dela parecia a de uma pessoa de 80 anos”, conta Nick, marido da enfermeira.
O diagnóstico de câncer de pulmão veio apenas algumas semanas depois, quando os médicos descartaram qualquer outra doença respiratória, como a Covid-19. O tumor foi identificado e já estava em metástase, se espalhando para pélvis, fêmur direito e pescoço.
Câncer de pulmão
Os sintomas do câncer de pulmão geralmente não se manifestam até que o tumor esteja avançado e são inespecíficos, comuns a outras doenças do aparelho respiratório. Os profissionais de saúde consideram difícil identificá-lo precocemente, quando há mais chances de sucesso para o tratamento.
Os sintomas da doenças incluem, por exemplo:
- Rouquidão;
- Tosse persistente;
- Dor no peito;
- Escarro com sangue;
- Piora da falta de ar;
- Perda de peso e de apetite sem motivo aparente;
- Pneumonia recorrente ou bronquite;
- Sentir-se cansado ou fraco.
Participante de pesquisa
Segundo a enfermeira, o câncer dela tem uma mutação genética conhecida como receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR). Nestes casos, o tumor provoca uma produção em excesso da proteína EGFR, que acelera o crescimento das células cancerígenas no pulmão.
A mutação qualificou Tiffany para participar de um ensaio clínico para testar um medicamento contra o EGFR, e ela aceitou prontamente a oportunidade. “Sinto que é assim que aprendemos. Não obtemos informações se as pessoas não fizerem o teste”, afirma.
Apesar da nova terapia, Tiffany publicou em suas redes sociais em novembro de 2023 a informação de que seu câncer ainda está evoluindo. A enfermeira, porém, continua otimista. “Não sabemos o que vai acontecer conosco no final do dia. Devemos viver muito bem cada momento”, diz.
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