A um dia do fim, campanha contra poliomielite vacinou 54% das crianças
Dados do Ministério da Saúde mostram baixa adesão das famílias à vacinação contra a paralisia infantil e preocupam especialistas
atualizado
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O Ministério da Saúde informou que até quarta-feira (28/9) apenas 54% das crianças brasileiras elegíveis para a vacina contra a poliomielite havia sido imunizadas. A Campanha Nacional de Vacinação contra a doença termina nessa sexta-feira (30/9) e já havia sido prorrogada uma vez devido à baixa adesão das famílias.
Os números são preocupantes, pois o percentual ideal estabelecido era de pelo menos 95% da população infantil – cerca de 15 milhões de crianças de 2 meses a 5 anos de idade. A meta não foi alcançada em nenhum dos estados brasileiros: os mais próximos do percentual desejável são Paraíba (86,82%), Amapá (82,85%) e Alagoas (74,65%).
O Distrito Federal está entre as unidades federativas com menor taxa de adesão, com 33,09%, atrás apenas de Roraima (23,17%), Acre (24,49%) e Rio de Janeiro (30,59%). Apesar de a poliomielite ter o status de erradicada no Brasil desde 1994, a baixa cobertura vacinal nos últimos anos torna o país vulnerável à circulação do vírus.
Campanha de vacinação
A campanha de vacinação contra a paralisia infantil começou no dia 8/8. O esforço é destinado às crianças menores de 5 anos que não receberam nenhuma dose da vacina e as que ainda não completaram o esquema vacinal.
O incentivo à imunização das crianças é uma medida para combater o retorno da doença no Brasil. Em países europeus e em Israel, a ausência da medida preventivas já provocou o surgimento de casos; nos Estados Unidos, a governadora de Nova York declarou estado de emergência no estado após o vírus da poliomielite ser encontrado em amostras de esgoto.
Na semana passada, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) alertou que o Brasil também corre o risco de reintrodução da doença.
A paralisia infantil é causada pelo polivírus selvagem (PVS), que pode infectar crianças e adultos. A contaminação ocorre via fecal e oral e casos graves podem levar à paralisia dos membros inferiores.
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