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“A IA salvou a vida do meu filho”, diz moradora do DF

Técnica em enfermagem conta como a inteligência artificial ajudou no socorro ao filho de 9 anos que sofria de arritmia cardíaca

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Divulgação/Álbum de família
Foto de Matheus, criança diagnosticada com problema cardíaco via IA
1 de 1 Foto de Matheus, criança diagnosticada com problema cardíaco via IA - Foto: Divulgação/Álbum de família

A técnica de enfermagem Franciana Reis da Silva, de 38 anos, atribui a vida do filho Matheus, de 9 anos, à bondade divina, aos médicos e à Inteligência Artificial – nessa ordem.

Uma ferramenta de IA chamada Kardia alertou a equipe médica do Hospital Brasília para problemas no coração do menino que, se não fossem identificados de imediato, poderiam ter levado a criança a um episódio de morte súbita.

No dia 2 de setembro deste ano, uma segunda-feira, os pais do garotinho foram surpreendidos por um telefonema urgente da escola do filho, informando que Matheus tinha desmaiado e estava desacordado. “A sorte é que meu marido estava em home office”, comenta Franciana.

Hebert, o pai, imediatamente buscou Matheus no colégio e o levou à emergência médica do Hospital Brasília, no Lago Sul. Lá, a criança passou por vários exames, entre eles um eletrocardiograma. A equipe tentava descobrir o que levou o menino a desmaiar.

Apesar de os exames laboratoriais não terem apontado nada de excepcional, o Kardia alertou aos médicos sobre uma arritmia no coração de Matheus.

O garotinho apresentava um “flutter atrial”, tipo de arritmia caracterizada por batimentos rápidos e regulares nos átrios do coração. Isso ocorre quando circuitos elétricos anormais fazem os átrios se contraírem de forma mais acelerada, alcançando uma taxa de 240 a 340 batimentos por minuto. A faixa da frequência cardíaca de repouso normal varia de 50 até 100 batimentos por minuto.

Como funciona a inteligência artificial

A ferramenta de inteligência artificial Kardia opera comparando os exames feitos no hospital com uma base de dados sobre problemas do coração. O Kardia antecipa os pontos de atenção para os médicos que emitem os laudos cardiológicos, levando em consideração os “padrões” ensinados à ferramenta.

No caso de Matheus, o Kardia imediatamente mandou um alerta para a doutora Paula Damasco, arritmologista do Hospital Brasília, informando sobre o achado detectado no exame da criança.

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A criança descobriu um problema cardíaco sério
A inteligência artificial ajudou no diagnóstico do menino
Ele precisou fazer uma ablação para corrigir uma arritmia cardíaca
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Matheus e sua família passaram por um grande susto

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A criança descobriu um problema cardíaco sério

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A inteligência artificial ajudou no diagnóstico do menino

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Ele precisou fazer uma ablação para corrigir uma arritmia cardíaca

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Ao checar o exame, a médica foi ao pronto-socorro conversar com os pais sobre o caso. “Eu até me assustei, porque ele faz acompanhamento cardíaco desde cedo. Tem diagnóstico de transtorno do espectro autista, toma ritalina, e isso o obriga a fazer acompanhamento cardíaco”, comentou a mãe.

“A ferramenta de IA nos ajudou a localizar Matheus mais rapidamente, permitindo que ele fosse avaliado por equipe médica especializada o quanto antes”, completa a médica Paula Damasco.

Histórico familiar de doenças cardíacas

A médica conta que, durante a avaliação cardiológica, Franciana revelou vários casos de morte súbita em homens jovens da família.

O primeiro procedimento realizado na criança foi uma ablação da taquiarritmia, que consiste em uma cauterização feita no foco da arritmia por meio de um cateter.

Conforme os exames avançaram, Matheus foi diagnosticado com outro problema cardíaco: a Doença do Nó sinusal.

Matheus voltou para casa duas semanas depois do incidente na escola, já com a arritmia corrigida pela ablação. No entanto, devido ao diagnóstico de Doença do Nó Sinusal, uma anormalidade no marca-passo natural do coração, que causa redução da frequência cardíaca, ele terá, em breve, que passar por novo procedimento para corrigir esse segundo problema.

“Meu filho está bem, ele sabe que tem um problema no coração e evita fazer esforço físico. Estamos tentando viver um dia de cada vez. A primeira batalha já vencemos”, conta Franciana.

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