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A cada novo fast-food cresce o número de ataques cardíacos, diz estudo

Estudo australiano relacionou a abertura de lanchonetes ao crescimento da taxa de eventos cardíacos entre a população

atualizado

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Marcel Heil/Unsplash
junk food fast food
1 de 1 junk food fast food - Foto: Marcel Heil/Unsplash

Um novo estudo conduzido por pesquisadores australianos e publicado no Internal Medicine Journal aponta que o número de lojas de fast-food em uma área pode ser considerado um fator de risco para ataques cardíacos. A cada novo restaurante especializado em lanches rápidos e de baixa qualidade, quatro novos casos de eventos cardiovasculares a cada 100 mil pessoas aparecem por ano na Austrália.

A descoberta foi feita por cientistas australianos do Hunter Medical Research Institute (HMRI), da Universidade de Newcastle e da Hunter New England Health (HNE Health). A equipe comparou todos os casos de ataque cardíaco no distrito de saúde de Hunter-New England da Austrália, em New South Wales, com o senso Fast-Food Outlet Density (FFD) de cada local. O levantamento monitora a relação entre a quantidade deste tipo de restaurante e os impactos na saúde da população australiana.

A análise foi feita com dados de 3.070 pessoas, coletados de 1996 a 2013. Os pesquisadores se concentraram nos dez estabelecimentos de fast-food mais populares na Austrália e usaram as informações do censo para realizar o cruzamento de dados.

A taxa permaneceu igual mesmo quando considerados fatores de risco para eventos cardiovasculares, como idade, obesidade, pressão alta, colesterol alto e nível socioeconômico.

Na pesquisa, Andrew Boyle, co-autor do estudo e cardiologista do John Hunter Hospital, afirmou que o levantamento é o primeiro a mostrar que o número de lojas de fast-food em si é um fator de previsão para ataques cardíacos.

“Até agora, havia poucos dados sobre a ligação entre a densidade de fast-foods e ataques cardíacos, então esses resultados devem fornecer uma consideração importante para futuras políticas de saúde pública e desenvolvimento comunitário”, avaliou Boyle.

De acordo com os pesquisadores, ainda são necessários estudos mais aprofundados para corroborar as descobertas e investigar por que a densidade das cadeias aumenta o risco de ataque cardíaco.

“O ataque cardíaco é uma das principais causas de morte em todo o mundo. No entanto, dados recentes sugerem que um número crescente de ataques cardíacos não pode ser explicado pelos fatores de risco conhecidos”, reforçou o co-autor do estudo, Tarunpreet Saluja, pesquisador da Universidade de Newcastle. “Isso destaca a necessidade de explorar o papel da disponibilidade de alimentos na probabilidade de ter um ataque cardíaco”.

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