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Veja 8 sinais que o câncer de pâncreas pode causar durante a digestão

Embora raramente os cânceres manifestem sintomas em estados iniciais, é preciso ficar atento a sinais do tumor mais letal que existe

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SEBASTIAN KAULITZKI/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images
Ilustração colorida de corpo humano, com foco no pâncreas que tem uma célula cancerígena - Metrópoles
1 de 1 Ilustração colorida de corpo humano, com foco no pâncreas que tem uma célula cancerígena - Metrópoles - Foto: SEBASTIAN KAULITZKI/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images

O câncer é uma doença complexa e que começa a partir da reprodução de células defeituosas do próprio corpo: por isso, ela raramente manifesta sintomas iniciais ou é percebida pelas defesas do organismo.

Entretanto, conforme os quadros avançam, é possível que alguns sinais das alterações provocadas por tumores sejam notados no corpo. Um destes casos é o do câncer de pâncreas, o tumor com mais altas taxas de letalidade proporcionais no mundo.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tumor de pâncreas tem a pior taxa de sobrevivência: anualmente, mais pessoas morrem da doença do que descobrem novos tumores. Ele representa só 1% de todos os cânceres diagnosticados, mas é responsável por 5% das mortes.

A alta mortalidade decorre justamente do diagnóstico tardio. Por isso, ao notar qualquer alteração que possa indicar um tumor no órgão, especialmente na hora de comer, é preciso buscar atendimento médico.

Segundo a oncologista Miriam Cristina, da Oncoclínicas Brasília, se os sintomas persistirem por semanas, é preciso fazer exames mais aprofundados. “Muitas vezes eles revelam doenças benignas, mas é preciso dar atenção a tudo aquilo que persiste e não melhora dentro de um mês”, explicou a oncologista em entrevista anterior ao Metrópoles.

A Pancreatic Cancer Action (PCA), um grupo inglês de prevenção do câncer, recomenda que as pessoas tenham atenção a variações no processo digestivo. Confira:

Sinais do câncer de pâncreas

1. Indigestão ou azia persistente

Sensação de queimação no peito ou no estômago, inchaço e arrotos frequentes também podem indicar câncer. “O quadro pode ser diagnosticado erroneamente como refluxo ácido, gastrite ou úlceras, mas há chance de ele estar relacionado ao câncer de pâncreas e tumores de estômago e esôfago”, ensina o farmacêutico Ade Williams, líder do PCA.

2. Sentir-se saciado rapidamente

Sentir-se satisfeito depois de comer apenas uma pequena quantidade de comida é outro sintoma a ser observado. Embora o quadro normalmente esteja ligado a problemas menos complexos, como a constipação, ele é frequente no câncer de pâncreas, especialmente quando está conectado a outros sintomas da lista.

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Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença
A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: no estômago, pulmão, pâncreas, etc.
Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago
A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo da doença no pulmão
Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido

3. Náuseas ou vômitos

Náuseas frequentes e vômitos logo após as refeições são um sinal de alerta: tumores mais avançados costumam ser acompanhados de vômitos com sangue. Caso o sintoma se repita com frequência, é preciso avaliar o risco de câncer de pâncreas, assim como o de estômago.

4. Perda de peso inexplicável

Perder peso sem tentar, muitas vezes antes de sentir alterações no apetite, pode ser um sinal de muitos tipos diferentes de câncer, incluindo o de pâncreas.

5. Dor nas costas ou desconforto abdominal

Dores persistentes ou intensas no abdômen, principalmente após comer, também podem ocorrer em casos de câncer de pâncreas, sendo mais comuns quando a pessoa se deita após comer. As dores na parte média das costas ocorrem especialmente quando os tumores invadem o conjunto de nervos que fica perto do órgão.

6. Mudança nos hábitos intestinais

Diarreia, constipação ou alterações na consistência das fezes, especialmente se detectadas logo após as refeições, são outros sinais de alerta. As fezes de pessoas afetadas pelo câncer de pâncreas também costumam ter uma coloração esbranquiçada, sendo grandes, malcheirosas e flutuantes pelo excesso de gordura expelida.

7. Icterícia

A icterícia, quando há um amarelamento da pele e dos olhos e a urina se torna mais escura, é comum na hepatite. Ela também é um forte sinal de câncer de pâncreas, já que a bilirrubina produzida pelo corpo não é excretada, o que leva ao amarelamento da pele e intoxicação do organismo.

8. Diabetes de início recente e não associada ao ganho de peso

Pessoas que têm índices de insulina desregulada costumam ter diabetes tipo 2 e uma série de tumores podem ser associados à condição. A insulina, porém, é produzida pelo pâncreas e o hormônio não é secretado pelo corpo quando o órgão está tomado de células cancerígenas, o que eleva o nível de açúcar no sangue.

A diabetes tipo 2 costuma ser causada por maus-hábitos alimentares e é associada a um ganho de peso. Quando há um emagrecimento mesmo com o diagnóstico, pode ser um sinal de diabetes tipo 3 (causada pelo câncer), que é muito mais rara.

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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta

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