7 sinais comuns de autismo que ajudam no diagnóstico precoce
Especialista indicam que é possível diagnosticar a condição em crianças a partir dos 18 meses de vida. Identificação precoce pode ajudar
atualizado
Compartilhar notícia
Apesar de o autismo ter grande incidência, foi apenas em 1993 que a síndrome foi adicionada à Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a entidade, a condição atinge cerca de 2% da população mundial e, no Brasil, entre 2 e 4 milhões de pessoas já foram diagnosticadas com o transtorno.
Identificar o autismo logo no início pode ser um diferencial na qualidade de vida das pessoas com o transtorno. Muitos acreditam que o diagnóstico só pode ser feito a partir dos três anos de idade, mas é possível identificar os primeiros sinais que ajudam a identificar o transtorno já nos primeiros meses de vida.
O diagnóstico precoce, segundo a neurocientista Fabiele Russo, é fundamental para que a pessoa consiga desenvolver habilidades cognitivas, sociais e de linguagem. “Dessa forma, a criança terá mais qualidade de vida, independência e autonomia”, afirma a especialista.
Para auxiliar os responsáveis a identificarem o transtorno, a cientista listou sete sinais que, apesar de amplos, são muito comuns em crianças com a condição. Confira:
1. Dificuldade em fazer contato visual
A criança não olha quando é chamada pelo nome ou não sustenta o olhar. O indivíduo pode ter dificuldade em responder devido a uma sensação de desconforto quando exposto a muitos estímulos sociais e, por isso, costuma olhar para objetos e não no olho quando os adultos conversam. Muitos pacientes não conseguem se concentrar na fala e nos olhos das pessoas ao mesmo tempo e, além disso, não entendem que o olhar fornece informações em uma conversa.
2. Dificuldade de interação
Normalmente, as crianças apresentam dificuldades na interação com outras pessoas e precisam de ajuda para aprender a agir em diferentes tipos de situações sociais. É comum que os indivíduos também não consigam entender outras pessoas e interpretar expressões faciais ou linguagem corporal — por isso, o autista muitas vezes não responde a sorrisos, por exemplo.
Os pequenos também não costumam gostar de compartilhar objetos e preferem brincar sozinhos, pois possuem apego aos seus brinquedos — esse fator torna mais complicado fazer novas amizades. Alguns autistas apresentam problemas de fala ou atraso de linguagem e, por isso, crianças com mais de dois anos, quando não falam palavras ou formam frases, devem receber maior atenção.
3. Não imitam outras pessoas
É comum que os bebês comecem a imitar atitudes e comportamentos simples dos adultos por volta dos seis a oito meses de vida. No entanto, crianças que estão no espectro autista costumam ter grande dificuldade em copiar, o que pode comprometer o seu desenvolvimento.
4. Não atendem quando são chamadas
A criança com autismo normalmente não responde quando é chamada pelo nome, e pode fixar o olhar em algum objeto incomum e agir como se não estivesse ouvindo.
5. Dificuldade em transições
Os autistas têm dificuldades para encerrar uma atividade e começar outra de forma calma — por isso, é comum que chorem e reclamem ao terminar uma tarefa.
6. Movimentos estereotipados ou atípicos
As crianças com autismo normalmente realizam movimentos, comportamentos e atividades desencadeadas de maneira involuntária e repetitiva. Com isso, podem chacoalhar as mãos, balançar-se para frente e para trás, correr de um lado para outro, pular ou girar sem motivos aparentes. Os movimentos podem se intensificar em momentos de felicidade, tristeza ou ansiedade.
7. Comportamentos sensoriais atípicos
As pessoas com o transtorno podem ter uma sensibilidade maior ou menor aos estímulos do ambiente. É muito comum que esses indivíduos apresentem questões sensoriais e se sintam incomodados com sons, luzes, texturas, movimentos, toques e sabores, podendo levar a crises.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.