Alerta! Conheça 6 vírus e bactérias que podem levar ao câncer
É importante tratar infecções e evitar que problemas de saúde para os quais há vacinas e tratamentos levem ao desenvolvimento de um câncer
atualizado
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O câncer se caracteriza pelo crescimento desordenado de células, que se agrupam e formam tumores. As causas para esse “defeito celular” não estão completamente estabelecidas, mas, em geral, é aceito que são uma combinação entre informações genéticas e agentes externos, do meio ambiente.
Vírus e bactérias estão entre os agentes externos associados a alguns tipos específicos de câncer. Ao tentar driblar o sistema imunológico, esses microrganismos podem induzir uma resposta errada do corpo, resultando na formação de tumores. Também são capazes de interferir no mecanismo genético das células, mudando informações do DNA.
Os especialistas reforçam que é importante tratar as infecções para evitar que um problema de saúde simples e – muitas vezes, assintomático – leve a um quadro de câncer. “Sabemos que 20% dos cânceres estão relacionados em parte aos vírus”, afirma a infectologista Maria Aparecida Teixeira, do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).
6 infecções que podem causar câncer
HPV
O mais comum dos vírus causadores de câncer é o papiloma vírus humano (HPV), responsável pelo câncer do colo do útero, ânus, pênis, laringe e boca.
Existem mais de 150 subtipos do HPV, os tipos 16 e 18 causam aproximadamente 70% de todos os cânceres do colo do útero e cerca de 90% de outros tipos de câncer relacionados ao HPV, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
O câncer do colo do útero é uma das principais causas de morte por tumores entre mulheres em muitas regiões menos desenvolvidas do mundo.
Hepatites B e C
Aa infecções pelos vírus da hepatite B (HBV) e hepatite C (HCV) ocorrem após o contato com sangue contaminado, via lesões provocadas por instrumentos perfurantes e/ou cortantes, contato sexual, transmissão vertical, uso de drogas injetáveis e acidentes ocupacionais.
Quando não é tratada, as hepatites provocadas pelos dois vírus podem resultar em cânceres de fígado (carcinoma hepatocelular), de ductos biliares e leucemia. Para evitar consequências mais graves, é fundamental procurar tratamento ou vacina.
A vacina contra a hepatite B está disponível no calendário de imunização do SUS. No caso da hepatite C, não há vacina, mas existem tratamentos capazes de eliminar o vírus em até 90% dos casos.
HIV
As pessoas que entram em contato com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e não fazem o tratamento adequado correm maior risco de desenvolver aids, com a perda progressiva da imunidade. Também se tornam mais suscetíveis a outras infecções e ao desenvolvimento de diversos tipos de cânceres.
Entre eles, estão o câncer de ânus, fígado, ductos biliares, pele não melanoma, endotélio, vulva, vagina, colo de útero, pênis, sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin, linfoma de Hodgkin
“Os estudos demonstram risco aumentado para diversos tipos de câncer entre os portadores do vírus HIV, isso ocorre por causa das alterações no sistema imunológico provocadas pelo vírus”, explica a infectologista.
O vírus causador da aids está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, podendo ser transmitido através de relações sexuais sem perservativos ou de mãe para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.
Helicobacter pylori
A Helicobacter pylori é uma bactéria que atinge principalmente o sistema gastrointestinal, alojando-se no estômago, esôfago e intestino, onde pode causar câncer. As pessoas contaminadas também podem desenvolver câncer de pâncreas e carcinoma hepatocelular.
A forma mais comum de transmissão da H.pylori é através da saliva e da ingestão de alimentos ou água contaminados.
HTLV
Conhecido como o “primo do HIV”, o vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) pode ser o responsável por casos futuros de leucemia/linfoma T do adulto.
Epstein-Barr (EBV)
O vírus Epstein–Barr, também chamado herpesvírus humano 4, é um vírus da família do herpes causador da mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como a doença do beijo porque a infecção ocorre pela transferência de saliva.
Em quadros avançados, os pacientes podem desenvolver linfoma de Burkitt, linfoma não Hodgkin, linfoma T/NK, linfoma de Hodgkin e carcinoma nasofaríngeo.
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