Nutricionistas dão 6 dicas de como escolher carne no mercado
O consumo de carne estragada pode causar infecções alimentares, seguidas por problemas sérios de saúde
atualizado
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Escolher a carne certa no mercado pode parecer uma tarefa simples, mas é importante prestar atenção a algumas características do alimento para se certificar de levar para casa um produto de boa qualidade.
Fatores como cor, cheiro, textura e forma de armazenamento da carne devem ser levados em consideração, assim como os selos de qualidade, afirmam nutricionistas ouvidas pelo Metrópoles.
“A carne pode estar dentro do prazo de validade, mas se não tiver passado por um processo de conservação adequado, é possível perceber algumas alterações visuais nesse produto”, alerta a nutricionista Camila Pedrosa, que atende em Brasília.
6 dicas para escolher carne
Selo de inspeção
Todo produto de origem animal deve ser vendido com um selo que comprove a inspeção de qualidade por autoridades competentes. Esse selo garante que a carne foi produzida seguindo todas as normas sanitárias e está em conformidade com os padrões de qualidade e segurança.
O consumidor deve procurar pelo selo SIF, do Serviço de Inspeção Federal; SIE, do Serviço de Inspeção Estadual; ou SIM, do Serviço de Inspeção Estadual Municipal. Eles geralmente têm um formato redondo e se encontram perto de informações como data de validade e número do lote.
Prazo de validade
O prazo de validade indica até quando o produto pode ser consumido de forma segura. Mas a nutricionista Carolina Quintans, que atende em Brasília, destaca a importância de avaliar também as características do produto antes de colocá-lo no carrinho.
“Mesmo antes da data, qualquer mudança no cheiro, cor ou textura pode indicar deterioração. Caso a embalagem esteja estufada, é outro sinal de alerta”, esclarece.
Cor
A carne bovina deve ter uma cor vermelho brilhante; o frango, rosado; e a carne suína, rosa claro. Se o produto estiver com manchas marrons ou acinzentadas, pode ser um sinal de oxidação, e se essas manchas se espalharem ou houver um tom esverdeado, o alimento pode estar comprometido.
Cheiro
Carnes frescas têm cheiro suave e característico do tipo de carne. Cheiros estranhos são indicativos de deterioração ou má conservação.
“Um odor forte, azedo ou parecido com amônia é sinal de que a carne não está mais adequada para consumo”, afirma a nutricionista Carolina Quintans.
A nutricionista Camila Pedrosa esclarece que as carnes embaladas a vácuo podem ter um cheiro mais forte por passarem mais tempo fechadas. Nesse caso, é importante saber diferenciar esse odor mais característico de algo estragado.
“A gente precisa saber diferenciar entre esse odor um pouco mais forte — que é um cheiro de carne — de um odor de algo que está no processo de apodrecimento. E isso vai ser bem perceptível. Se esse cheiro forte continuar, é importante que a pessoa evite consumir esse produto, para que não sofra problemas mais graves, como as infecções alimentares”, aconselha Pedrosa.
Textura
A carne fresca deve ser firme ao toque. Segundo Quintans, a viscosidade é um sinal de crescimento microbiano. Por isso, estar pegajosa, viscosa ou muito mole indica que a carne pode estar estragada.
Conservação e armazenamento
A exposição inadequada à temperatura ambiente ou em vitrines fora de padrões de refrigeração pode comprometer a segurança do alimento.
No ponto de venda, o alimento deve ser mantido em refrigeração constante, com temperaturas controladas. As carnes frescas devem estar em ambientes abaixo de 4°C e as congeladas a -18°C.
Em casa, a carne também deve ser armazenada em condições ideais, com carnes frescas no refrigerador e congeladas no freezer. “Lembrando que o alimento depois de descongelado não pode ser congelado novamente”, esclarece Quintans.
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