Além dos fogachos: 5 sinais menos conhecidos que antecedem a menopausa

A perimenopausa é o período que antecede a menopausa, nessa etapa já há uma significativa variação hormonal, que resulta em alterações no corpo da mulher e em seu ciclo menstrual.

Segundo os especialistas, muitas mulheres sentem diferenças, mas nem sempre as associam ao fim do período reprodutivo e à baixa hormonal.

“A fase transição é caracterizada por várias manifestações que não são específicas e podem ocorrer também em outras situações, causando confusão”, afirmou o ginecologista Luciano de Melo, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), em entrevista anterior ao Metrópoles.

Queda hormonal

A perimenopausa, também chamada de climatério, ocorre entre os 45 e 55 anos de idade. Os níveis de estrogênio caem e há aumento do hormônio folículo-estimulante, conhecido como FSH, pois ele precisa de esforço extra para recrutar os folículos ovarianos remanescentes.

“A pessoa ainda menstrua, mas já começa a ter uma percepção subjetiva das alterações, que envolvem menos disposição, sensação de fadiga mais comum, oscilações de humor e menor capacidade de dar conta dos seus afazeres”, contou o ginecologista Igor Padovesi, em entrevista sobre o assunto à Agência Einstein.

Fogachos

Os fogachos – ondas de calor provocadas pela dilatação dos vasos sanguíneos – são um dos sintomas mais conhecidos do período.

A sensação costuma aparecer repentinamente e dura cerca de 4 minutos. Mudanças em hábitos de vida, como aumento da ingestão de água e controle do estresse, podem diminuir a ocorrência de episódios de fogachos.

Veja 5 sinais menos conhecidos que antecedem a menopausa

1. Maior risco de depressão
Um estudo publicado em julho no periódico científico Journal of Affective Disorders revela que o risco de depressão na perimenopausa é considerável, apesar de a variação hormonal ainda estar no início. Segundo os pesquisadores, nesse período há um risco 40% maior de depressão em comparação à pré-menopausa.

2. Aumento do colesterol ruim
A diminuição do estrogênio leva ao aumento do LDL, o mau colesterol, e à redução do HDL, o bom colesterol, que oferecem ação protetora ao coração.

3. Ganho de peso
A queda no estrogênio faz com que as mulheres passem do biótipo ginecoide, no qual a gordura costuma se acumular ao redor do quadril e das nádegas, para o androide, quando há tendência de ganho de peso na região abdominal.

4. Incontinência urinária
As alterações hormonais provocam um conjunto de sintomas no sistema urinário, tais como ardência, coceira, atrofia e secura vaginal. Também são comuns sintomas de incontinência urinária.

5. Dificuldades para dormir
A ciência ainda não decifrou a ligação entra a menopausa e distúrbios como insônia ou sono excessivo nessa fase, mas as principais teorias sugerem que os hormônios femininos têm papel importante sobre o relógio biológico.

Questões psicológicas típicas da aproximação da menopausa e da sua chegada também estariam ligadas ao problema, pois podem elevar o estresse e, consequentemente, atrapalhar o sono.

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