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4ª onda: é necessário retomar o uso de máscara em ambientes fechados?

Especialistas afirmam que o uso do item de proteção é necessário em locais de pouca circulação de ar e em aglomerações

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Entrega de máscaras N95 a usuários do transporte coletivo de Goiânia
1 de 1 Entrega de máscaras N95 a usuários do transporte coletivo de Goiânia - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Diante do aumento de diagnósticos positivos de Covid no país, alguns municípios estão voltando a exigir a obrigatoriedade do uso de máscaras em certas circunstâncias, como dentro de locais fechados e em viagens no transporte público. A maioria dos governos, entretanto, deixa a decisão para o critério pessoal.

Nesta quinta-feira (2/6), durante evento em Brasília, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou ser contrário à obrigatoriedade de máscaras. “O uso da máscara é um direito de cada um, não estamos impedindo o uso de máscaras. Impor o uso das máscaras, além de não funcionar, é muito difícil de fiscalizar”, afirmou.

O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, acredita que a obrigatoriedade não é necessária, uma vez que boa parte das pessoas está vacinada e os casos que chegam aos hospitais são, neste momento, em sua maioria, leves.

Croda lembra, entretanto, que pessoas idosas e imunossuprimidas não devem abandonar o item de proteção. “Para esses grupos, o uso de máscara é fundamental, pois a vacina nem sempre atinge o nível de proteção pretendido. No entanto, mais importante do que a obrigatoriedade das máscaras, é avançar na vacinação para todos os grupos”, aponta.

Qualidade das máscaras

A epidemiologista Lígia Kerr, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), também reforça a necessidade do esquema vacinal completo e sugere que as máscaras sejam retomadas em ambientes fechados, no transporte público e onde haja aglomeração de pessoas.

“O vírus continua em circulação. O aumento de casos ocorre devido à flexibilização das medidas restritivas. Sugiro que as pessoas voltem a usar máscaras de boa qualidade, como a PFF2, em ambientes fechados, no transporte coletivo e em locais de aglomeração”, afirma.

O infectologista Julival Ribeiro também é favorável ao retorno das máscaras. “As pessoas relaxaram em relação às medidas preventivas, sobretudo o uso de máscaras. É um vírus respiratório, além da vacina, as máscaras são a forma que temos para nos proteger”, aponta.

Sazonalidade

Médico intensivista do Hospital Brasília, Rodrigo Biondi afirma que o retorno do uso das máscaras em ambientes fechados é ainda mais importante nesta época do ano, tendo em vista que há uma maior circulação de doenças virais.

De acordo com o profissional, isso ocorre porque as pessoas ficam mais em locais fechados para se abrigar do frio. Além do uso da máscara, Biondi recomenda manter o calendário vacinal e evitar aglomerações para reduzir a propagação do vírus.

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Imunossuprimidos: o grupo considera, por exemplo, pessoas com câncer, HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetível a infecções
Além de continuarem usando máscaras, é essencial que os imunossuprimidos mantenham o calendário vacinal atualizado, sempre que possível
Pessoas com comorbidades: este grupo ainda será obrigado a utilizar o equipamento de proteção, uma vez que é considerado um dos mais vulneráveis, segundo a Prefeitura do RJ
As comorbidades são condições que podem aumentar a chance do desenvolvimento da versão mais grave da doença. O recomendado é que cada caso seja avaliado particularmente por um médico
Idosos: somado ao envelhecimento do sistema imunológico, grande parte do grupo recebeu a vacina Coronavac, que possui uma eficácia menor se comparada com outras. Tendo em vista a resposta imunológica dessas pessoas, a recomendação é que mantenham o uso da máscara e evitem aglomerações
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A Prefeitura do Rio de Janeiro foi a primeira a anunciar o fim do uso obrigatório das máscaras contra a Covid. Contudo, para alguns grupos de risco, o uso da máscara ainda é altamente indicado

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Imunossuprimidos: o grupo considera, por exemplo, pessoas com câncer, HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetível a infecções

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Além de continuarem usando máscaras, é essencial que os imunossuprimidos mantenham o calendário vacinal atualizado, sempre que possível

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Pessoas com comorbidades: este grupo ainda será obrigado a utilizar o equipamento de proteção, uma vez que é considerado um dos mais vulneráveis, segundo a Prefeitura do RJ

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As comorbidades são condições que podem aumentar a chance do desenvolvimento da versão mais grave da doença. O recomendado é que cada caso seja avaliado particularmente por um médico

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Idosos: somado ao envelhecimento do sistema imunológico, grande parte do grupo recebeu a vacina Coronavac, que possui uma eficácia menor se comparada com outras. Tendo em vista a resposta imunológica dessas pessoas, a recomendação é que mantenham o uso da máscara e evitem aglomerações

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Não vacinados: inclui quem não recebeu nenhuma dose, apenas 1 aplicação ou está sem a dose de reforço, pois estão mais vulneráveis ao vírus

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Crianças: assim como os outros grupos, os pequenos também são vulneráveis por não estarem com a cobertura vacinal completa. Porém, não foram incluídos no grupo que deve manter o uso obrigatório da máscara

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Segundo as diretrizes da ONU, adolescentes com 12 anos ou mais devem seguir as mesmas recomendações da OMS para uso de máscara em adultos

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Em relação às crianças menores de cinco anos, elas não precisam usar o item. Para os especialistas, nessa faixa etária, elas podem não conseguir usar uma máscara adequadamente sem ajuda ou supervisão

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Em áreas onde a Covid-19 está se espalhando, recomenda-se que crianças de 6 a 11 anos usem uma máscara bem ajustada em ambientes pouco ventilados e sem distanciamento social

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Profissionais de saúde e outros: grupos que estão expostos a uma grande circulação de pessoas durante o dia de trabalho, como caixas de supermercado, cobradores de ônibus e profissionais que trabalham em hospitais, devem continuar usando a proteção, mesmo que não seja obrigatório

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