Quatro em cada 10 mulheres jovens têm deficiência de ferro, diz estudo
Pesquisadores explicam que falta de ferro pode levar à anemia, e por não ser monitorada com frequência, poucas pacientes procuram tratamento
atualizado
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De acordo com um estudo publicado nessa terça-feira (27/6) na revista científica JAMA, cerca de 39% das mulheres jovens americanas têm deficiência de ferro. O levantamento, que analisou dados de 3.490 participantes entre 12 e 21 anos, mostra que, entre as pessoas com falta do nutriente, 16% já desenvolveu anemia por deficiência da substância.
A pesquisa foi feita pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Em entrevista à revista New Scientist, a principal autora do estudo, Angela Weyland, conta que, ao longo dos anos, a quantidade de ferro ingerida na alimentação vem diminuindo.
“As pessoas estão comendo menos carne vermelha e muitas estão se tornando veganas ou vegetarianas”, pondera a pesquisadora. Outra explicação possível é que as mulheres são mais afetadas pela anemia por conta da menstruação, quando perdem uma quantidade de sangue.
Algumas das fontes mais ricas em ferro são vegetais folhosos verde-escuros (como espinafre, por exemplo), feijão, lentilha, chocolate amargo, carne vermelha, vinho tinto, tofu e alguns cereais.
Para que serve o ferro?
O ferro auxilia o organismo a produzir hemoglobina, substância que carrega o oxigênio. Quando esse processo é afetado, o corpo acaba não recebendo oxigênio suficiente, desencadeando sintomas como fraqueza, fadiga, palidez, taquicardia, falta de ar, dor de cabeça e queda de temperatura nas mãos ou pés. Em casos mais severos, o paciente pode ter vontade de comer gelo ou terra.
A pesquisadora Angela explica que é possível resolver o problema com suplementação, mas poucas pessoas fazem exames frequentes para identificar a anemia. Indivíduos que têm fluxos menstruais intensos também devem procurar ajuda médica para evitar desenvolver a condição.
Sem tratamento, a anemia pode aumentar o risco de infecções e complicações cardíacas e pulmonares.
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